A combinação de ar seco e poluição piora a situação de quem tem problemas respiratórios. As pessoas que sofrem de pressão alta ficam ainda mais vulneráveis nos dias em que a poluição está acima da média.
Os poluentes que entram no corpo de um hipertenso ficam nas artérias e causam alterações. Qualquer transformação nas paredes internas pode provocar o acúmulo de gordura e até obstrução da artéria. A queima de combustíveis fósseis emite para a atmosfera poluentes que são inalados e consequentemente caem na corrente sanguínea, disse o cardiologista Abrão José Cury Jr.
Os poluentes ficam no corpo por até sete dias. Se o hipertenso respira poluição todos os dias, pode ter uma crise a qualquer hora. [Os poluentes] afetam a camada interna de revestimento das artérias e podem desencadear uma série de reações que vão culminar, entre outras conseqüências, na elevação da pressão arterial. Ao sentir cansaço, desconforto no peito, sensação de tontura, dor de cabeça e visão turva, é hora de correr para o médico. O risco é alto. Hipertensão arterial é a principal causa de doenças cardiovasculares: infarto, derrames, entupimento das artérias, insuficiência cardíaca, disse o cardiologista.
Os dados do Ministério da Saúde mostram que 26,5% dos 11 milhões de paulistanos têm hipertensão. Em dias secos, o número de atendimentos nos hospitais aumenta. No Hospital São Paulo, por exemplo, o número de atendimentos sobe de 15 (média em dias normais) para mais de 40. Hipertensão arterial é uma doença muito grave que precisa ser muito bem controlada, concluiu Cury Jr.
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