Por telefone, bombeiro ajuda grávida a dar à luz em Porto Alegre

Por telefone, bombeiro ajuda grávida a dar à luz

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:17

O bombeiro Jairo Silveira, 45 anos, 20 deles dedicados à profissão, recebeu um chamado inesperado na manhã desta terça-feira (10). Amigos de uma grávida de 21 anos ligaram para o 193 para pedir ajuda. A mulher estava com dores e contrações de intervalos curtos em sua casa, no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. Ela estava a poucos minutos de dar à luz.


Esta foi a segunda vez que o bombeiro Jairo ajudou a realizar um parto por telefone, mesmo assim ele relata com emoção o desfecho da história: "Graças a Deus deu tudo certo. Da outra vez também deu", contou ele em contato com o G1.
Por volta das 8h30, o número de emergência dos bombeiros recebeu a ligação de uma amiga da grávida. Antes, ela tentou chamar uma ambulância do Samu, mas recebeu como resposta que a situação não era emergencial, então não seria feito deslocamento para atendimento. Segundo a gerente do Samu, Rosane Mortari Ciconet, as respostas dadas às perguntas feitas pela médica de plantão durante o telefonema não se configuraram em um parto iminente. "A médica orientou a paciente a ir a um serviço de saúde. Depois houve outra ligação, mas quando a telefonista tentava transferir, a chamada era interrompida. Não se conseguiu falar novamente com o solicitante", explicou.
Um contato também foi feito com um batalhão de polícia próximo, que estava sem viatura no momento.



Foi então que Jairo entrou em ação. Informado pela amiga da grávida que as contrações estavam ocorrendo de cinco em cinco minutos e que ela sentia muita dor, o bombeiro pediu calma. "Perguntei se a bolsa já havia se rompido, e ainda não havia. Pedi que ela relaxasse e fizesse o mínimo de força possível para segurar o bebê", relatou.


Depois das primeiras orientações, Jairo desligou o telefone para verificar se havia algum veículo àdisposição para fazer o deslocamento até a casa de mãe e depois até um hospital. Mas só havia caminhões no pátio. Minutos depois, os bombeiros receberam uma nova ligação. Era outro amigo da grávida, informando que o bebê havia nascido.


O telefonema foi encaminhado para Jairo que, ao mesmo tempo, foi avisado por um colega que uma viatura estava em deslocamento até a casa de Denise. "Pedi para ele colocar o bebê sobre o peito da mãe, enrolado em um pano, e pedi para amarrar o cordão umbilical", lembrou. "Ele tinha cortado o cordão deixando o espaço de três dedos, mas tinha que ser no mínimo um palmo. Então pedi para amarrar para não ter problemas", completou.
A mãe deu à luz uma menina. A viatura enviada pelo Corpo de Bombeiros chegou pouco tempo depois do nascimento e encaminhou mãe e filha para o Hospital Conceição. As duas passam bem.

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