Com os votos da bancada do PT, o deputado Barros Munhoz (PSDB) será reeleito hoje para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele deverá ter 92 dos 94 votos possíveis.
O PT, que na legislatura que começa nesta terça-feira terá a maior bancada do Legislativo paulista pela primeira vez em sua história, com 24 deputados, ajudará a reconduzir Munhoz para não perder os cargos que tem hoje na Mesa Diretora.
Pelo acordo, os petistas continuarão no comando da primeira-secretaria, responsável pelas finanças e pelo departamento de Recursos Humanos. Ela será ocupada pelo deputado Rui Falcão.
A composição com os tucanos indica que, embora a bancada petista tenha crescido, o poder de fogo da oposição ainda é pequeno. Além do PT, farão oposição apenas outros quatro deputados: Leci Brandão e Pedro Bigardi, ambos do PC do B; Carlos Giannazi (PSOL) e Major Olímpio (PDT).
Os dois últimos sairão candidatos na eleição de hoje, e deverão contar apenas com seus próprios votos.
Composta por 28 deputados, a oposição não tem assinaturas suficientes para instalar CPIs, antiga dificuldade do PT, que clama por mais fiscalização do Executivo --para protocolar uma CPI são necessários 32 votos.
Para isso, os petistas esperam contar com o PMDB, que se disse independente após naufragarem as conversas com a equipe de transição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no fim de 2010. A bancada peemedebista, que ainda pretende integrar o governo, terá cinco deputados.
CONSTRANGIMENTO
Publicamente, líderes partidários manifestaram apoio ao presidente da Assembleia após reportagens da Folha mostrarem que Munhoz é acusado pelo Ministério Público de participar do desvio de R$ 3,1 milhões dos cofres de Itapira (SP) na época em que era prefeito da cidade.
Em privado, no entanto, até mesmo deputados tucanos disseram haver um constrangimento na Casa e no Palácio dos Bandeirantes por causa das denúncias.
Caso o vice-governador, Afif Domingos (DEM), se lance candidato a prefeito em 2012, Munhoz se tornará o primeiro na linha sucessória de Alckmin.
CARGOS
Aldo Demarchi (DEM) integrará a Mesa, como segundo-secretário. Os deputados Ênio Tatto (PT) e Orlando Morando (PSDB) serão os líderes de seus partidos. Samuel Moreira (PSDB) é o líder do governo. Celso Giglio (PSDB), que hoje é líder do partido, deverá ser o vice-presidente.
Por Fernando Gallo
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