Um dia após a prisão de um suspeito de ser um dos maiores fornecedores de armas do Rio, agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) prenderam, na noite desta quarta-feira (20), mais um suspeito de vender armas para traficantes do conjunto de favelas do Alemão, na Penha, subúrbio do Rio, e de favelas de Niterói, na Região Metropolitana.
Ainda segundo os agentes, ele foi preso em flagrante, após investigações em um shopping de Niterói. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito seria um dos integrantes da quadrilha comandada por um homem conhecido como "senhor das armas", preso na noite de terça-feira (19), em Guadalupe, no subúrbio do Rio. Não houve confrontos.
A polícia informou que o suspeito foi identificado em escutas telefônicas que mostram uma conversa entre ele e o "senhor das armas". A gravação foi feita entre segunda-feira (18) e terça-feira (19). No registro, de acordo com os agentes, um dos suspeitos fala para o outro que comprou um carregamento fechado com 20 fuzis e 45 pistolas.
Através da investigação, a polícia calcula que ele venda cada fuzil por pelo menos R$ 50 mil e cada submetralhadora por R$ 25 mil.
Prisão do 'senhor das armas'
O homem conhecido como "senhor das armas" foi preso em flagrante na noite de terça-feira (19). Segundo o delegado Pedro Medina, da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), ele era morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana. A irmã dele, que, segundo a polícia, levava as armas para os clientes, também será indiciada. As armas não foram apreendidas.
O suspeito já havia sido preso por tráfico de armas, mas conseguiu fugir após ser beneficiado pela progressão de regime.
A polícia não informou de onde ele comprava as armas, mas disse que ele poderia ter alguma ligação com traficantes de São Paulo. Segundo o delegado, o suspeito vendeu armas para o chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, Fabiano Atanásio, por quem ele teria sido expulso da Vila Cruzeiro após uma briga.
Em um trecho da escuta telefônica ele confirma a venda: Mandei para aquele cara lá, que tava falando de mim, ele pagou tudo. (...), minha irmã levou pra ele. Levei uma vassoura e uma catraca. Segundo a polícia, o cara seria o chefe da Vila Cruzeiro, vassoura seria fuzil e catraca seriam as submetralhadoreas.
Em outro trecho da conversa, ele afirma que todas as armas são novas e ele as recebe dentro da caixa. "É muito linda, muito, é tudo zero, é na caixa. (...) Nunca deu um tiro", disse ele ao interlocutor no telefone.
O suspeito afirma que os valores de R$ 50 mil pelo fuzil e R$ 25 mil pelas submetralhadoras estariam abaixo do normal. Com isso, a polícia suspeita que ele poderia arrecadar mais de R$ 1 milhão por cada lote de 20 fuzis.
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