Procurador aposentado é julgado por matar sobrinho em Campo Grande

Procurador aposentado é julgado por matar sobrinho em Campo Grande

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

Carlos Zeola (branco) confessou ter matado

sobrinho (Foto: Tatiane Queiroz)

] Começou há pouco o julgamento do procurador aposentado Carlos Alberto Zeola, acusado de homicídio qualificado pela morte do sobrinho, Cláudio Alexsander Zeola. A defesa irá atestar que Zeola não tem plena lucidez dos fatos e que agiu por “intenso paroxismo emocional”. O julgamento está sendo realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O crime aconteceu aconteceu no dia 3 de março de 2009, em frente a uma academia na Rua Bahia, em Campo Grande. O rapaz foi atingido com um tiro na cabeça. Em depoimento à polícia, o procurador aposentado confessou o crime e disse que fez isso depois que soube que Cláudio Alexsander havia agredido Américo Zeola, pai de Carlos Alberto e avó de Cláudio.

Dez testemunhas foram convocadas - cinco de acusação e cinco de defesa – e não há previsão de quando o julgamento pode acabar.

Carlos Alberto Zeola chegou por volta das 7h30 (horário de MS). Apático, ele não olhou para os jurados, quatro homens e três mulheres, e permanece a maior parte do tempo de cabeça baixa. Desde 2009, quando confessou o crime, ele está internado em uma clínica psiquiátrica.

Em dezembro de 2009 ele foi aposentado do cargo de procurador, conforme decisão do Colegiado de Procuradores de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, com salário de R$ 23 mil mensais.

O advogado Ricardo Trad, que defende Zeola, diz que ele não tem condições de ficar em liberdade, mas alega que precisa de tratamento médico. “Meu cliente comprovadamente tem momentos de plena lucidez e momentos de total descontrole mental”. Trad diz ainda que o foi “crime praticamente passional”, por se tratar de agressão contra o pai, idoso com 86 anos.

A denúncia foi levada à Justiça em abril de 2010, mas o processo ficou suspenso até que fosse elaborado o laudo de insanidade mental, feito por peritos judiciais. O advogado Ricardo Trad, que defende Zeola, contestou o resultado e o juiz designou o psiquiatra forense Guido Palomba, que na análise ratificou resultado anterior e manteve o resultado: Carlos Alberto Zeola pode ser considerado semi-imputável, ou seja, tem condição parcial de entender o ato criminoso cometido.          

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