Projeto quer acabar com salário de vereadores em Goiás

Projeto quer acabar com salário de vereadores em Goiás

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:14

Um projeto de lei criado por um vereador de Santa Helena de Goiás, a 219 km deGoiânia, quer acabar com os salários dos parlamentares. O trabalho na política passaria a ser voluntário.

O projeto foi criado pelo vereador Alcides Inácio de Freitas (PTB) e, por enquanto, foi apenas protocolado. Segundo Alcides, o projeto deve levar ainda cerca de 30 dias para chegar ao plenário para votação e, caso aprovado, a lei entraria em vigor ainda este ano.

Para o autor do projeto, o objetivo é fazer com que os vereadores trabalhem no intuito de contribuir com a sociedade: “O vereador já tem a manutenção do seu trabalho, suas diligências, gasolina, telefone, assessor. Então, ele podia renunciar ao salário dele em favor da comunidade”.

O presidente da Câmara Municipal de Santa Helena, Ary Divino Martins (PPL), se diz contra o projeto de lei e defende que o salário é uma necessidade. “Aquele vereador que presta um bom serviço tem de ter um salário, tem de ser remunerado”, ressalta.

O município tem nove vereadores com salário mensal de R$ 4.102. Somente com a folha de pagamento, a Câmara gasta em média R$ 37 mil. Em grandes centros como Goiânia, essa economia seria ainda maior. São 35 vereadores que recebem um salário mensal de R$ 10.560. Por ano, o corte na folha reduziria o gasto quase R$ 4,5 milhões.

Opiniões

A equipe da TV Anhanguera foi às ruas para saber a opinião dos moradores de algumas cidades goianas. A ideia dividiu a população. “Todo trabalhador é digno do seu salário, desde que seja uma coisa justa, porque o nosso imposto se destrói em altos salários e corrupção”, afirma o motorista Antônio Alves, de Catalão.

Para o mestre de obras Heleno Amaro, o projeto é bem pensado: “Seria ótimo porque todo mundo concorre ao cargo de vereador por causa dos salários, nem tanto por defender a sociedade”.

Em Anápolis, Emivaldo Batista Também se mostrou a favor do projeto: “Se a pessoa trabalhar voluntariamente, vai acabar muito com a corrupção, porque vai prestar um serviço à comunidade sem esperar um retorno”.

A professora Amélia da Costa, de Itumbiara, não acredita que o projeto possa dar certo: “Eu creio que voluntário não tem condições porque eles também têm despesas”.

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