Após a definição da cota dos principais partidos aliados no primeiro escalão do governo de Dilma Rousseff , o PT tenta agora ocupar os últimos ministérios considerados "de ponta" na Esplanada. Ainda esta semana, o partido espera fechar com a presidenta eleita a indicação das pastas da Saúde, Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Relações Institucionais e o ministérios a ser criado de Micro e Pequenas Empresas. Além disso, o PT pede a presidência da Infraero como compensação pelo Ministério do Turismo, entregue ao PMDB.
Insatisfeito com a partilha dos cargos, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que contemplará o maior grupo da legenda, Construindo um Novo Brasil (CNB), ao emplacar nomes nestas cinco pastas.
Para a Saúde, o PT trabalha por Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) é o indicado do PT para suceder Padilha na coordenação política. O deputado contentaria tanto a bancada do partido, insatisfeita por não ter um ministério, quanto os aliados do Rio de Janeiro, Estado prejudicado pela trapalhada do governador Sérgio Cabral no episódio da nomeação do ministro da Saúde.
A pasta de Saúde atualmente está nas mãos do PMDB. Há duas semanas Cabral chegou a anunciar que Dilma escolhera Sergio Côrtes para o cargo, mas a presidenta eleita desmentiu a informação. Com a negativa, recomeçaram os trabalhos dentro do PT para emplacar Padilha, que é médico, no posto.
No Desenvolvimento Agrário, briga pelo nome de Wellington Dias e, no Desenvolvimento Social, por uma indicação do governador baiano, Jaques Wagner. Ele disputa com o atual ministro, Guliherme Cassel, da corrente petista Mensagem ao Partido.
Segundo maior grupo do partido, a Mensagem emplacou José Eduardo Cardozo para a Justiça e tem a chance de manter Fernando Haddad na Educação. Haddad, no entanto, pediu pessoalmente ao articulador da Mensagem, Elói Pietá, para não ser incluído na cota da corrente.
Outras correntes minoritárias como a Articulação de Esquerda e o Movimento PT já foram contempladas com as indicações de Iriny Lopes para a Secretaria das Mulheres e Maria do Rosário para a Secretaria de Direitos Humanos.
Na pasta de Micro e Pequenas Empresas, o nome petista é do atual presidente da Apex, Alessandro Teixeira. A pasta, no entanto, está sendo negociada por fora para o senador Antonio Carlos Valadares, do PSB, que tem na suplência o presidente do PT, Jose Eduardo Dutra. Portanto, se Valadares assumir, a escolha será depositada na cota pessoal de Dilma.
Além disso o PT vai cobrar de Dilma uma compensação pela perda do Ministério do Turismo, considerado estratégico em função da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O alvo do partido é a Infraero.
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