O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins — acusado da morte do zelador Jezi Lopes de Souza, em São Paulo — e a advogada Ieda Cristina Martins, mulher dele, são investigados por outro homicídio, no Rio, em 2005. O ex-marido de Ieda, José Jair Farias, foi assassinado com dois tiros e, segundo o delegado Geraldo Assed, titular da 36ª DP (Santa Cruz), o casal é suspeito de participação no homicídio:
— Nos depoimentos de familiares e testemunhas do caso, a suspeita recai sobre Ieda e Eduardo porque eles eram as únicas pessoas que tinham desavenças com a vítima.
Os dois teriam se conhecido pela internet e, em 2001, o publicitário teria vindo morar com a advogada. Neste época, ela já estava separada de José Jair. O ex-casal, no entanto, ainda disputava a guarda do filho, agora com 19 anos, e o destino dos bens.
De acordo com o delegado, em 2002, o ex-marido chegou a registrar uma ocorrência contra Eduardo por ameaça. Na delegacia, ele disse ter ido resolver um problema com Ieda quando foi interpelado por ele. No dia 9 de dezembro de 2005, foi a vez da advogada prestar queixa contra José Jair. Ela alegou que, nas vésperas de se mudar para São Paulo, o ex-marido buscou o filho deles na escola, sem seu conhecimento.
Onze dias depois, às 12h40m do dia 20 de dezembro, o corpo de José Jair foi encontrado com dois tiros, dentro do seu Corsa prata, na Estrada dos Palmares, em Santa Cruz. Um projétil e um estojo de uma pistola 380 foram apreendidos no local.
Colaboração
Ao EXTRA, o delegado Egídio Cobo, 4ª Delegacia Seccional (Norte) de São Paulo, garantiu que contribuirá com as investigações sobre a morte de José Jair.
Diante da repercussão do caso paulista, Geraldo Assed retomou as investigações da morte no Rio. Ontem, ele ouviu três filhas de outro casamento de José Jair. Segundo o delegado, entre os assuntos discutidos por Ieda e José Jair estavam R$ 100 mil roubados por ela do ex-marido e a disputa por um ônibus que pertencia ao casal na época.
Na época do crime, foram pedidas as quebras de sigilo telefônico e bancário de Ieda, mas nada foi provado. Nos depoimentos prestados, Ieda nega participação no crime. Na próxima sexta-feira, o delegado da 36ª DP vai a São Paulo para ouvir Eduardo sobre o homicídio.
Ieda foi solta anteontem e Eduardo permanece preso. Jezi foi esquartejado e teve partes do corpo queimados, na Praia Grande, litoral de São Paulo, na sexta-feira.
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