Quase metade dos postos já foram reabastecidos em São Paulo

Quase metade dos postos já foram reabastecidos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:14

Após o fim da paralisação dos caminhoneiros que transportam combustível, cerca de 45% dos 2.100 postos da Grande São Paulo já têm gasolina, diesel e etanol para vender, informou nesta sexta-feira o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia. Segundo ele, a tendência é que 100% dos postos sejam reabastecidos até a próxima segunda-feira, mas ainda assim o sindicato recomenda que os motoristas tenham "cautela".

"Cerca de 40 a 45% dos postos da região já têm combustível para vender, mas ainda não temos estoque de produto. Então os motoristas podem encher o tanque, mas ainda é preciso cautela. Nossa orientação é que as pessoas continuem a economizar gasolina pelo menos nos próximos três dias", disse.

Até o fim da noite de hoje, a expectativa é que esse percentual suba para 65% e, para acelerar o reabastecimento dos postos, os caminhões tanque trabalharão no sábado e no domingo o dia todo, quando não há restrição de circulação nas marginais.

"Ainda não podemos garantir conforto para os clientes, não dá para afirmar que o posto que o motorista está acostumado a abastecer o carro terá produto, mas o vizinho vai ter", afirmou.

Os caminhoneiros suspenderam a distribuição de combustível na região de São Paulo entre a segunda e a quarta-feira em protesto contra a restrição da circulação de veículos de carga na marginal Tietê, na capital paulista. Com isso, no meio da semana, praticamente todos os postos ficaram sem gasolina, diesel e etanol, o que gerou uma corrida a locais onde ainda havia os produtos à venda, gerando transtornos aos consumidores.

Apesar da paralisação, a prefeitura de São Paulo manteve a regra, em vigor desde o início da semana, que proíbe a circulação de caminhões nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h. Para garantir o abastecimento dos serviços essenciais, como ônibus, ambulâncias e o aeroporto de Congonhas, por exemplo, a Polícia Militar teve de fazer escolta de caminhões tanque.

Além das longas filas e da escassez de combustível, os consumidores de São Paulo viram os preços subirem abusivamente em diversos locais, e alguns proprietários e funcionários de postos chegaram a ser presos. De acordo com a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), 42 postos foram denunciados por consumidores, sendo que em alguns postos foi detectado um aumento de 51% no valor do combustível comercializado.

Ainda segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pelo Procon-SP, 18 serão autuados e 22 notificados a prestar esclarecimentos. De acordo com o presidente da Sincopetro, após as prisões, a entidade não recebeu mais reclamações.

"Infelizmente alguns empresários fizeram essa sacanagem com os consumidores, mas encaminhamos todas as denúncias ao Procon e a situação normalizou", disse Gouveia. Quem ainda encontrar preços abusivos nos postos de combustível da região pode denunciar por meio do telefone 151 (capital paulista).

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