"Quem participa assume bônus e ônus do governo", diz Dilma sobre PMDB

"Quem participa assume bônus e ônus do governo", diz Dilma sobre PMDB

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

Em entrevista à rádio Jovem Pan no início da manhã desta segunda-feira (14), a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff destacou a importância da participação do PMDB na campanha presidencial e em um futuro governo caso ela vença as eleições para presidente. O partido será representado por Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma. A  candidatura foi oficialzada neste domingo (13), em Brasília

Questionada sobre as declarações de Michel Temer dizendo que o partido seria protagonista no governo, Dilma declarou que o PMDB se sente participante do governo, e não coadjuvante. “Esta é uma questão que o presidente Lula sempre me deu como diretriz”, disse Dilma. “Não se faz um governo com ministros de primeira, segunda e terceira linha. Todos têm o mesmo estatuto. Se não respeitar todos os partidos como integrantes do governo, não terá a lealdade dos partidos."

Segundo ela, quem participa assume os bônus e os ônus do governo. ''Os ministros dos partidos aliados não foram jamais tratados como ministros secundários. Todos foram respeitados em suas pastas e você não ver nenhum ministro do governo Lula criticando o governo'', declarou.

Dilma falou ainda da importância de se buscar uma reforma tributária no país. “Não é possível mais conviver com guerra fiscal entre os estados. Alguns baixam o ICMS e a cadeia produtiva de estados que têm uma indústria mais desenvolvida são os mais comprometidos. O estado que diminui o tributo ganha, mas o Brasil inteiro perde”, disse.

Sobre a maratona de compromissos na campanha, a ex-ministra destacou que vai se encontrar individualmente esta semana com o primeiro-ministro de Portugal José Sócrates, com o presidente da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, com o presidente da França Nicolas Sarkozy, e com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

A política internacional é fundamental na consolidação da hegemonia do país, segundo Dilma. ''Saímos de política de subsmissão. Acho dificil um devedor chegar na frente do credor e ficar com independência. Quando devíamos ao FMI era difícil ter política externa soberana. Mas quando acumula um grande fundo de reservas o país pode ter política externa independente''.

Ela destacou que o contato com o público tem sido muito caloroso. ''As pessoas querem se aproximar, tirar fotografias e sempre dizem uma palavra'', afirmou. ''Sinto uma amorosidade muito grande do povo e acho que uma parte disso se deve ao fato de que as pessoas reconhecem que nós mudamos, a vida das pessoas melhorou, desde a alimentação, quando passaram a ter acesso a produtos que antes não tinham, até o direito a comprar o carro e ter acesso a uma casa''.

Sobre a falta de experiência em disputar eleitorais, Dilma voltou a dizer que por outro lado tem uma grande experiência administrativa. ''Tive experiência na esfera governamental de um país. Fazer uma campanha eleitoral é muito importante, é o momento em que a gente conhece bem o nosso povo. É uma campanha onde vamos em tudo quanto é lugar do Brasil''.

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