Reeducando que vingou a morte da mãe em presídio vai a júri em MT

Reeducando que vingou a morte da mãe em presídio vai a júri em MT

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:34

Um reeducando de 20 anos vai a julgamento nesta quinta-feira (14) em Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, acusado de matar com golpes de arma artesanal um homem dentro do Centro de Ressocialização da cidade. De acordo com o processo, o preso assassinado teria matado a mãe do réu em fevereiro do ano passado. O julgamento deve começar às 8h30 (horário local) no Fórum da cidade.

A mulher de 35 anos trabalhava como serviços gerais no Fórum de Nova Ubiratã, a 506 quilômetros da capital, e morava com Mário Sérgio da Silva, de 36 anos. Durante uma discussão, ele a matou com uma facada. Após ser preso, o acusado Mário Sérgio foi levado para o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde o filho dela estava detido há 15 dias por furto.  

Um dia após chegar à unidade prisional, Mário Sérgio foi assassinado pelo filho da ex-companheira dele. Conforme depoimentos colhidos pela juíza da 5ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso, Débora Roberta Pain Caldas, na ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE), uma das tesmunhas informou ter visto quando o acusado saiu da cela portando uma arma artesanal, quando os reeducandos se encaminhavam para tomar sol.

O detento que vai a julgamento entrou na cela onde o outro reeducando, Mário Sérgio, estava e teria aproveitado o momento em que ele estaria no banheiro para atacá-lo com vários golpes. Em seguida, a vítima foi arrastada pelo corredor até o pátio da unidade.

A diretora do presídio, Eliane Vieira, disse à Justiça ter ouvido de outros detentos que, quando Mário Sérgio chegou na unidade prisional, havia dito que tinha matado uma "vagabunda" que era mãe de um preso. "A depoente (Eliane), na hora de passar as regras para o reeducando (que foi morto) recorda de ele ter dito as seguintes palavras: 'matei uma vagabunda que bateu no rosto do meu filho'", diz trecho da decisão judicial.

Um agente prisional que estava de plantão no dia do crime, por sua vez, disse ter visto que alguns presos saíram para tomar sol e, poucos minutos depois, voltaram para o corredor e depois saíram novamente carregando a vítima, sendo que, nesse momento o acusado ainda a golpeava. "Após alguns golpes, o acusado largou a vítima, lavou as mãos e foi jogar futebol", contou, ao completar que no último golpe o preso teria deixado a arma artesanal fincada no corpo da vítima.

Quando cometeu o homicídio, o estudante cumpria pena há alguns dias por furtar produtos de um mercado de Nova Ubiratã. Porém, segundo o advogado Pedro Mendes, que em princípio fez a defesa do acusado, ele estava detido de forma ilegal, já que o crime era afiançável. "Se tratava de um caso de soltura imediata e ele já estava preso há uma semana", avaliou o advogado, em entrevista ao G1 . Por se tratar de homicídio qualificado, o detento se manteve na prisão até a data do julgamento.            

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