Região metropolitana de São Paulo tem o menor desemprego em abril desde 1995

Região metropolitana de São Paulo tem o menor desemprego em abril desde 1995

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

O desemprego na região metropolitana de São Paulo registrou 14,2% em abril, a menor taxa para o mês desde 1995 (13,5%). O número de pessoas fora do mercado de trabalho foi de 1,488 milhão de pessoas, contra os 1,487 estimados em março.

Os dados constam da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego, divulgada no dia 28 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

"A grande novidade é que o desemprego não aumentou [em abril]. Isso é uma coisa recorrente porque a PEA [População Economicamente Ativa] não cresceu tanto quanto cresce neste período do ano", avalia o coordenador técnico da Seade, Alexandre Loloian. "O que segurou mesmo o desemprego foi o menor fluxo de pessoas no mercado de trabalho", conclui.

Na avaliação do coordenador técnico, os dados da pesquisa foram atípicos para o período. No mês de abril foram criados em são Paulo 76 mil novos postos de trabalho e 77 mil pessoas entraram no mercado de trabalho na região. De acordo com Loloian, para este período, em outros anos, os números costumam ser superiores a 100 mil ou próximos disso.

A região do ABC paulista, formada por sete cidades - Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra - apresentou a menor taxa de desemprego, 11,8%.  Em abril de 2007 a taxa havia sido de 14,8%. Segundo Loloian, foi a menor taxa na região dentro da série de pesquisa. O desemprego na cidade de São Paulo ficou em 13,5%. Nas demais cidades da região, exceto as do ABC paulista, a taxa foi de 15,2%.

Segundo o coordenador técnico, os trabalhadores têm buscado a formalização do emprego. Em abril deste ano, do total de ocupados no mercado de trabalho, 46,5%, que corresponde  a 4,18 milhões de pessoas possuem carteira assinada no setor privado, a maior taxa de empregos formais desde abril de 1992, quando registrou 48%.

O total de ocupados no mês de abril, entre setor privado, com e sem carteira assina, setor públicos, autônomos e outras posições de trabalho, foi de 8,99 milhões de pessoas. A maior taxa de formalização do emprego para o mês foi em 1990, 55,1%.

O rendimento médio mensal real de ocupados e assalariados cresceu no mês, passando a R$ 1.202,00 e R$ 1.274,00, respectivamente, um aumento de 3,8% e 4,6% . Para Loloian, foi uma recuperação dos níveis de 2002.  

"É um crescimento muito forte e generalizado, na indústria, no serviço e em outros setores". Loloiam descartou a possibilidade de o aumento da massa salarial estar ligado ao novo salário mínimo. Segundo ele, na região metropolitana de São Paulo apenas 4% da população ganham salário mínimo.

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