Reitoria da USP calcula prejuízo de R$ 10 mil com invasão

Reitoria da USP calcula prejuízo de R$ 10 mil com invasão

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) calcula, em uma avaliação preliminar, um prejuízo de R$ 10 mil com a invasão do prédio por cerca de 30 alunos no início da noite desta segunda-feira, 25 de maio, segundo a assessoria de imprensa da reitoria da universidade. Foram quebrados os vidros das portas da portaria B do prédio da reitoria. Além disso, os estudantes teriam revirado móveis e objetos na sala da pró-reitoria de pesquisa. Depois da saída dos alunos, a entrada foi isolada e o local seria periciado pela Polícia Técnica ainda na noite desta segunda-feira, dia 25.

A invasão ocorreu depois de um impasse entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) com representantes do Fórum das Seis, que agrega representantes das entidades de funcionários e professores das três universidades estaduais (Unesp, USP e Unicamp). Na reunião, seria discutido o reajuste salarial das categorias.

O veto à presença de Claudionor Brandão, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP e representante dos trabalhadores no Conselho Universitário, por parte dos reitores foi o pivô do impasse. "Não me deixaram entrar hoje (segunda-feira) novamente e tentaram reduzir o número de representantes dos alunos. Com o impasse, a reitoria suspendeu o encontro. Os estudantes não gostaram e invadiram", disse Brandão, que foi demitido em dezembro do ano passado.

De acordo com a assessoria de imprensa da reitoria da USP, por ser ex-funcionário não é mais permitida a participação do sindicalista nas reuniões de negociação salarial. Apesar de ter sido barrado no encontro, Brandão afirmou que o sindicato dos funcionários da USP não apoiou a ocupação da reitoria nesta segunda.

O presidente da Associação de Docentes da USP (Adusp), Otaviano Helene, afirmou que o Cruesp foi "intransigente" ao fazer restrições de acesso do Fórum das Seis ao prédio. De início, o Cruesp teria tentado restringir a entrada de estudantes. Após negociações, a reitoria da USP cedeu e permitiu a entrada de dois estudantes por universidade.

"A reitoria nos fez entrar pela porta dos fundos. Os negociadores do Fórum das Seis foram até os fundos, indignados. Neste momento, as pessoas que estavam no ato perceberam do que se tratava e foram para a porta dos fundos. A reitoria então deliberou por fechar a porta de acesso dos fundos. E, a partir daí, se formou um nível de tensão muito ruim. Alguns minutos depois, a porta de fora foi rompida", relatou o presidente da Adusp.

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