Renascer se compromete a iniciar demolição do templo na sexta-feira
A Igreja Apostólica Renascer em Cristo assinou nesta quarta-feira, dia 21 de janeiro, um acordo com o Ministério Público comprometendo-se a iniciar na próxima sexta-feira, dia 23, a demolição das paredes remanescentes do templo-sede da igreja, no Cambuci, cujo telhado desabou na noite do último domingo, dia 18, provocando nove mortes e deixando mais de 100 pessoas feridas. A demolição é necessária para que os peritos do Instituto de Criminalística do estado possam fazer, com segurança, as análises dos escombros.
A apresentação de um plano de demolição foi exigência da promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo, Mabel Tucunduva Schiavo Prietto de Souza, em razão do risco de desabamento das paredes sobre imóveis vizinhos ao templo e da impossibilidade de o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil continuar a perícia que busca determinar as causas do acidente.
No plano apresentado ao MP a Igreja Renascer esclarece que já contratou uma empresa especializada em demolições e que iniciará a obra tão logo receba a autorização da Subprefeitura da Sé e da Polícia Civil. Um engenheiro contratado pela empresa de demolição será o responsável técnico pelo trabalho.
A demolição começará pela parede lateral que está abaulada, projetando-se sobre o terreno vizinho, onde estão vários imóveis já interditados pela Defesa Civil em razão do risco de desabamento da parede. Para a execução do trabalho um guindaste será colocado no estacionamento do templo e içará um trabalhador para fazer a demolição manualmente, de forma a evitar que os escombros atinjam as casas vizinhas.
A empresa contratada também providenciará a remoção das placas de gesso e das telhas de amianto que desabaram com o telhado, de modo a não causar impacto ambiental, responsabilizando-se pela obtenção da licença ambiental para a remoção e destinação desses materiais.
"A grande preocupação é buscar uma solução rápida, para que os vizinhos não convivam com os escombros, retornem para suas casas de forma segura e que o bairro não seja prejudicado com a remoção dos escombros", afirmou a promotora Mabel Tucunduva.
Além de apresentar o plano de demolição, a Renascer comprometeu-se a não realizar cultos na região do acidente sem que o local receba prévia licença da Subprefeitura. A igreja também apresentou relatório sobre a situação de todos os outros prédios da igreja na Capital.
Agora, a promotora vai encaminhar aos órgãos da Administração Superior do MP uma sugestão para que seja recomendada aos promotores de Justiça de todo o Estado a investigação sobre a segurança dos templos.
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