Resgate no Bumba é pior do que em Angra e no Haiti, diz bombeiro

Resgate no Bumba é pior do que em Angra e no Haiti, diz bombeiro

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

O trabalho de resgate de vítimas do deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói, onde dezenas de casas foram soterradas, é pior do que no terremoto do Haiti e no desabamento em Angra dos Reis. Quem afirma é o comandante do Grupamento de Busca e Salvamento, Ricardo Loureiro, que trabalhou nos dois episódios passados e está participando do resgate no Bumba.

"A diferença do Haiti para esse cenário (Bumba), que é semelhante ao de Angra, é que no terremoto do Haiti nós estávamos vendo a gravidade da situação, vendo a residência. Aqui nós temos que traçar uma projeção da residência, que foi deslocada por essa massa e, a partir daí, colher informações com os vizinhos, traçar estratégias para começar as escavações, então o trabalho aqui é bem mais difícil", explicou o comandante, que em seguida concluiu ser este o pior cenário.

"Comparando com Angra, em relação à área, esse (no Morro do Bumba) realmente é o pior porque há muito volume de sedimento."

Ele disse que o trabalho em Niteroi é mais "demorado e complicado" porque os bombeiros têm que "prever onde estão as vitimas".

Loureiro acredita que seja difícil encontrar vítimas com vida no Morro do Bumba. No entanto, afirmou que o trabalho dos bombeiros é sempre com o foco em sobreviventes.

"Olhando o quadro, devido à presença dessa grande massa, tecnicamente você poderia dizer que as chances são mínimas, mas a gente trabalha como se ainda houvesse sobreviventes", disse ele.

O comandante explicou também que no Haiti algumas vítimas conseguiram sobreviver por muitos dias porque as lajes formam bolsões de ar, o que permite que a pessoa consiga respirar.

Segundo o comandante, na fase inicial dos resgates no Morro do Bumba, os bombeiros trabalhavam em uma escala de 24h por dia, mas agora essa carga diminuiu pra 12h. A previsão é de que os trabalhos durem pelo menos mais duas semanas.

Por: Carolina Lauriano

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