Érika Passarelli é investigada por fraude na venda de imóvel em MG

Um taxista do Sul de Minas pode ter sido mais uma vítima de Érika Passarelli, a estudante de direito procurada pela polícia suspeita de planejar o assassinato do próprio pai por dinheiro. Ela teria negociado com o taxista a venda de uma casa, que fica na cidade de Ouro Fino. Segundo ele, Érika desapareceu depois de receber vários depósitos como pagamento do imóvel e não fez a transferência da escritura da casa.

No dia 1º de maio, o Fantástico exibiu flagrante de Érika em uma praia do litoral do Espírito Santo , curtindo o feriado da Semana Santa, quando já estava foragida. As imagens foram gravadas pelo celular e obtidas com exclusividade. A estudante já teria praticado vários golpes no comércio de Belo Horizonte e também é investigada pelo crime de aliciamento de menores. Durante as investigações, a polícia descobriu que os pais dela aplicaram golpes durante 15 anos.

Em Ouro Fino, ela teria agido com o consentimento da mãe, Lúcia Passareli e da avó, Mara Passareli. De acordo com o taxista, quando a compra da casa estava quase fechada, ele recebeu uma ligação de Mara, proprietária da casa, que afirmou que a partir daquele momento, as negociações seriam feitas pela neta Érika. A escritura ficou pronta em janeiro deste ano, quando Lúcia foi a Ouro Fino, porém o documento nunca foi assinado. A partir do final de abril, o comprador não conseguiu mais falar com a suspeita. Anteriormente, Érika tinha feito vários telefonemas cobrando o pagamento do imóvel.

Nesta semana, o promotor de Justiça de Ouro Fino, Mário Correia da Silva Filho, recebeu a documentação entregue pelo advogado do taxista, onde ele comprova que fez os depósitos em contas da estudante e que teria caído em um golpe de estelionato. Silva Filho afirma que, pelo histórico criminal de Érika, este pode ser mais um golpe da estudante."O delegado vai apurar esses fatos, a gente vai pedir certa urgência para ouvir as testemunhas que são importantes. Quero acreditar que essa pessoa ainda compareça aqui para lavrar essa escritura, porque a vítima foi induzida a erro e tudo indica que foi vítima de estelionato", disse o promotor.

O taxista ainda não conseguiu recuperar o dinheiro investido e oficialmente não tem direito ao imóvel. Ele diz que gastou R$ 156 mil na negociação da compra da casa e outros R$ 6 mil na escritura do imóvel. O advogado dele entrou com um pedido na Justiça de sequestro do imóvel. Assim, a casa não pode ser negociada até que o caso se resolva.

A Polícia Civil confirma o prejuízo em torno de R$ 160 mil e informou que instaurou um inquérito. O delegado Waldir Jorge disse ao G1 que vai ser investigada a participação da avó e da mãe de Érika, pois não existe uma procuração legal que autorize a estudante a fazer a negociação do imóvel. Ainda de acordo com o delegado, as polícia tenta localizar as duas para serem ouvidas.