A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mandou investigar a denúncia de venda de dados sigilosos sobre a violência no estado. Um funcionário suspeito de passar informações para empresas e entidades foi demitido nesta terça-feira (1º) pelo governador Geraldo Alckmin.
Até esta terça, quem analisava as estatísticas e elaborava os mapas sobre os crimes que acontecem no estado era o sociólogo Túlio Kahn. Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo afirma que ele é sócio da Angra, uma empresa de consultoria, e vendeu dados sigilosos para empresas e entidades entre elas o Secovi, o sindicato da habitação, que negou a denúncia.
Ao saber das denúncias o governador tirou Kahn do cargo. É um profissional competente, mas essa atividade empresarial dele é incompatível com o cargo que ocupa, disse Alckmin. Isso será apurado detalhadamente. Nós não sabemos se houve venda ou não. Seria temerário agora dizer que houve venda de dados do estado, disse o secretário Antônio Ferreira Pinto. O sociólogo recebia as informações das polícias e tinha acesso ao Infocrim, programa de computador que mostra detalhes de cada crime cometido em São Paulo. O sistema dá às polícias informações detalhadas sobre a criminalidade é possível saber quantos e quais tipos de crimes ocorreram em um determinado espaço de tempo em qualquer lugar do estado.
O sistema é semelhante ao utilizado na Inglaterra. Entretanto, lá o mapa está na internet, disponível a toda a população. Em São Paulo, a população não tem acesso aos dados. A Secretaria de Segurança Pública usa as informações para planejar o patrulhamento e a presença de policiais em cada região.
O sociólogo Túlio Kahn não foi encontrado para comentar o caso.
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