Um novo delegado deve ser indicado para assumir a unidade policial do município de Camacan, no sul da Bahia, pela Secretaria de Segurança Pública.
Enquanto a decisão não é tomada, responderá pelo local o delegado de Buerarema, a 66 km de Camacan, cidade alvo da Operação Esfinge, realizada na terça-feira (3), que prendeu oito servidores da delegacia de Polícia Civil, entre agentes, delegado e comandante.
Ao total, a Operação Esfinge decretou prisão temporária para 17 suspeitos, dos 21 mandados de prisão expedidos pelo juiz da Vara Crime da Comarca de Camacan, Fábio Mello Veiga.
Viaturas e agentes da Força Tarefa da Polícia Civil em Salvador passaram a madrugada desta quarta-feira (1) na cidade de Camacan. Além dos agentes, uma guarnição da Companhia Independente de Policiamento Especial fez rondas nas ruas.
O motorista Cleiton Santos conta que o clima na cidade está tenso e que boa parte da população não sabe o que está acontecendo. Os policiais eram conhecidos de todo mundo, com boa conduta, infelizmente todos foram pegos de surpresa, vamos esperar as investigações, afirma.
Para o policial aposentado Osvaldí Lima, o momento é de alívio. Ele é tio de Katia Cristina, de 30 anos, empresária que foi morta em 2010 quando saia da igreja Assembleia de Deus, crime que pode estar associado à quadrilha. Desde que aconteceu o fato, a família vem sofrendo. Eu creio que a resposta venha em seguida, no desenrolar das investigações e aí sim vamos poder respirar mais aliviado, porque vamos ter certeza do mandante, dos envolvidos, relata.
De acordo com a promotora que acompanha o caso, Ediene Lousado, a investigação da morte de Katia acontece em sigilo pelo Ministério Público.
Presos Todos os policiais presos em Camacan foram levados à Corregedoria da Polícia Civil do município de Ilhéus e transferidos às 9h para a sede em Salvador. Entre os policiais militares presos na investigação estão dois soldados, um sargento e um major, que estão detidos no presídio de Ilhéus, aguardando transferência para Lauro de Freitas, município da região metropolitana de Salvador.
Os três empresários suspeitos de participação no esquema de corrupção também estão presos em Ilhéus. Segundo a polícia, os empresários compravam mercadorias roubadas por policiais para comercialização. Todos os suspeitos são acusados de receptação de carga roubada, controle de tráfico de drogas, jogos de azar e homicídios. Eles ficarão em regime de prisão temporária por 15 dias, prorrogados por mais 15. As provas serão analisadas pelo poder judiciário nesse período.
A Operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Estadual, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pelas Corregedorias das Polícias Civil e Militar.
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