Serra e Dilma buscam "alianças incômodas" por votos

Serra e Dilma buscam "alianças incômodas" por votos

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

A cerca de quatro meses das eleições, os dois principais pré-candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), têm um ponto em comum: as alianças nacionais e regionais ''envergonhadas''. São aqueles apoios constrangedores, mas necessários para a caminhada eleitoral.

Dilma já distribuiu afagos ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, pré-candidato do PR ao governo. Parte do PT não gostou e outra respaldou. Garotinho e sua mulher, a ex-governadora Rosinha Matheus, são investigados por suposto envolvimento em corrupção, como o uso de ONGs para desvio de dinheiro público, entre outras suspeitas.

Na quinta-feira, o casal foi cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio por abuso do poder econômico e uso indevido de meio de comunicação nas eleições de 2008. Se a decisão for confirmada, eles ficarão inelegíveis até 2011. Mesmo assim, Dilma quer os votos de Garotinho, embora caminhe para um apoio oficial à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB).

Do Rio surge outro apoio incômodo, mas importante para José Serra: o do deputado cassado Roberto Jefferson, presidente do PTB. Ele denunciou o mensalão do PT, em 2005, e acabou sendo cassado por envolvimento no escândalo de distribuição de propinas. Agora, declarou apoio a Serra. Esteve no lançamento de sua pré-candidatura em Brasília.

Fronteira

O deputado tucano Gustavo Fruet (PR) avalia:

- É ingenuidade imaginar que só se trabalha com pessoas de bem na política. A questão é saber o limite dessas companhias.

Seu colega de Câmara, Flávio Dino (PC do B-MA), aliado de Dilma, diz que é preciso estabelecer, de alguma maneira, o limite:

- Não se pode imaginar critérios normativos para os políticos. O importante é ter noção de fronteira. A fronteira, no meu caso, é saber o programa do candidato.

Pré-candidato ao governo do Maranhão, Dino é adversário dos Sarney. Mas sabe que corre o risco de subir com eles no palanque de Dilma.

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