Servidor faz fila na rua para usar elevador na sede do governo do DF

Servidor faz fila na rua para usar elevador na sede do governo do DF

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:20

Há dois dias, funcionários do governo do Distrito Federal fazem fila na rua para poder usar o elevador do Palácio do Buriti, sede da administração. Dos cinco elevadores do prédio, apenas um está em funcionamento. O elevador tem capacidade para sete pessoas e não chega ao último andar.   Na sede do governo trabalham cerca de 3 mil funcionários. Mais 2 mil passam pelo prédio diariamente. O Palácio do Buriti tem 16 andares.

De acordo com a servidora Juliana Aline de Jesus, é preciso calma para enfrentar a espera. “Haja paciência, joelho e perna para aguardar. Quando a gente perde a paciência, tem de subir ou descer de escada”, afirma.

Para tentar reduzir o problema, o governo fez uma escala com quatro horários diferentes para os servidores. O decreto estabelece uma jornada de sete horas ininterruptas de trabalho para evitar o uso do elevador.

A servidora Aldenira Coelho de Carvalho disse que a decisão do governo não resolverá o problema. “Não vai resolver porque ninguém trabalha sete horas direto. Será preciso descer pra lanchar, para fazer alguma coisa”, conta. “Ontem eu subi duas vezes de escada. Estou com a panturrilha arrebentada hoje.”

O servidor Paulo Roberto da Silva estava de licença médica e voltou nesta quinta (8). Ele trabalha no 15º andar e ficou desanimado ao saber que o único elevador só vai até o 12º. “Vou ver se eu dou conta. Se não der, vou embora para casa. Ligo para meu chefe e digo que não tenho condição de trabalhar.”

A previsão é de que os cinco elevadores voltem a funcionar normalmente apenas em dezembro. “Até o fim de agosto devem estar sendo entregues dois elevadores. No final de novembro, mais um. E até dezembro, a conclusão de toda reforma dos elevadores do prédio”, explicou o secretário de governo do Distrito Federal, Geraldo Lourenço.

A assessoria do governo do Distrito Federal informou que o segundo elevador privativo voltaria a trabalhar nesta quinta (8), mas isso não ocorreu.

“Vai ser muito difícil. Chegamos para trabalhar com ânimo bem baixo. Eu trabalho no 16º andar e, subir de escada, nem pensar. Se for para subir de escada, não dá nem vontade de trabalhar”, reclama o servidor Ramon de Queiroz.

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