O delegado Carlos Castiglioni, titular da Divisão Antissequestro do Deic (Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado), informou nesta quarta-feira (21) que o homem apontado como mentor do sequestro de um estudante de 22 anos em São Paulo no mês passado cumpria pena por sequestrar a atriz Vanessa Bueno, no Rio de Janeiro, em 2002, e fugiu da cadeia. Ele foi condenado a 37 anos por envolvimento neste crime da atriz, contou o delegado à tarde.
Com relação ao sequestro em São Paulo, Castiglioni informou que o universitário ele cursa arquitetura e administração foi levado no seu próprio Volvo por pelo menos três homens quando saía da faculdade para ir à academia. A família é do interior do estado. O sequestro ocorreu na noite de 8 de junho, em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista. A vítima foi liberada seis dias depois, em 14 de junho, após pagamento de resgate, na Rodovia Raposo Tavares, onde também ficava o cativeiro.
De acordo com a polícia, o criminoso, de 38 anos, é carioca e fugiu para São Paulo após conseguir o benefício da saída temporária no complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde cumpria a pena pelo sequestro de Vanessa. Ele saiu da cadeia e não voltou. Para Castiglioni, o estado paulista foi escolhido para despistar a realização de outros crimes. Ele veio para ficar mais longe.
O sequestrador foi identificado após a libertação do estudante e passou a ser monitorado. Ele, no entanto, não revelou o nome dos outros envolvidos no crime em São Paulo. A polícia estima que, pelo menos mais quatro homens participaram do sequestro. "O papel dele como mentor do crime era negociar, preparar o resgate", disse o delegado Ronaldo Sayeg, também da DAS.
Prisão
O sequestrador carioca foi preso no dia 4 deste mês, quando estava parado em um sinal na Avenida Juscelino Kubitschek, na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. O homem dirigia uma Meriva, onde a polícia disse ter encontrado parte das joias usadas no pagamento do resgate - outra parte foi paga em dinheiro. Para Sayeg, o criminoso queria vender as peças.
"Ele estava desesperadamente tentando vender essas joias para evitar que fossem rastreadas." O homem, que morava atualmente no Capão Redondo (região pobre da Zona Sul) e saiu do Deic sem falar com a imprensa, foi encaminhado para o 77º DP (Santa Cecília).
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições