SP tem 18 mil casos de conjuntivite neste ano; veja como se prevenir

SP tem 18 mil casos de conjuntivite neste ano; veja como se prevenir

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:51

A Secretaria estadual da Saúde de São Paulo teve até 15 de março deste ano 18,4 mil casos notificados de conjuntivite no estado. Nos três primeiros meses do ano passado (contando todo o mês de março), foram 32,6 mil registros da doença que ataca os olhos. Durante 2010 todo, houve 161,8 mil ocorrências. Em 2009, o número foi um pouco menor: 153.102.

Os dados foram passados pela secretaria com base no Sistema de Informações de Agravo de Notificações (Sinan). Segundo avaliação do Centro de Vigilância Epidemiológica, a maioria dos casos de conjuntivite neste ano é de origem viral, com facilidade de transmissão. No entanto, a Secretaria alega em nota que “a grande maioria das ocorrências não apresenta complicações e pode ser tratada em casa ou em postos de saúde, não havendo necessidade de que a pessoa se dirija a um pronto-socorro”.

A secretaria não informa as cidades com o maior número de casos. No entanto, municípios do litoral norte e da Baixada Santista registram boa parte das ocorrências. Números divulgados nesta quarta-feira (16) pelas secretarias de Saúde da Baixada Santista apontam 9498 casos de conjuntivite na região desde que o surto começou, em fevereiro. A cidade mais atingida até o momento é Santos. Até agora, foram 4048 casos de pessoas infectadas. Em Cubatão foram 1193 casos.     Como se prevenir A conjuntivite provoca vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção amarela nos cantos dos olhos ou nas bordas das pálpebras e intolerância à luz.

Alguns cuidados simples podem ajudar a evitar a contaminação pela doença. Eles devem ser adotados o ano inteiro e não apenas no verão, considerado por muitos um período de maior contágio. Veja abaixo algumas dicas da Secretaria da Saúde para não contrair a moléstia:

- Lave as mãos e o rosto com frequência, com água e sabão;

- Evite coçar os olhos;

- Lençóis, travesseiros e toalhas devem ser de uso individual;

- Evite o uso de objetos (maquiagem, copo, toalha, travesseiro e etc.) de quem está com conjuntivite;

Forma mais agressiva

A conjuntivite viral é a forma mais agressiva e de mais fácil propagação da doença, segundo o oftalmologista Emerson Castro, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além da vermelhidão e do inchaço característicos de todas as conjuntivites, a viral também causa uma sensação de “areia no olho” e lacrimejamento fortes, sintomas que duram em média 15 dias. Dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão – por isso é importante procurar um oftalmologista nos primeiros sintomas. É indicado o isolamento temporário do contato social.

Outros tipos de conjuntivite são a bacteriana e a alérgica. Na primeira, a secreção e o inchaço são mais intensos e os sintomas duram cerca de uma semana. Na segunda, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço, e precisa ser afastado do agente causador da alergia.

Tratamento

O tratamento da conjuntivite é fácil. De acordo com a secretaria, o paciente precisa lavar os olhos com água fervida e gelada, lavar sempre as mãos, evitar coçar a região afetada, trocar as fronhas do travesseiro diariamente e tentar manter distância de locais com aglomerações, principalmente piscinas. Não havendo melhora dos sintomas a recomendação é procurar um serviço de saúde. A Secretaria alerta: “é importante que as pessoas não usem colírios a base de antibióticos ou de corticoides sem receita médica”.

Na nota, a Secretaria da Saúde diz ainda que “surtos de conjuntivite passaram a ser objeto de vigilância epidemiológica na década de 1980. Em 2003, foi implantado um sistema de monitoramento da doença para investigar e propor medidas de controle. Com a análise desses dados foi possível concluir que a conjuntivite tem uma alta incidência mesmo fora do verão, período em que era considerado o maior número de casos”.

O atendimento às pessoas contaminadas pode ser nas Unidades Básicas de Saúde. Lá é feita uma triagem dos casos. Se houver necessidade, os paciente é encaminhado a serviços mais especializados, como prontos-socorros oftalmológicos.

Transtornos

Por causa do alto número de casos da doença, aulas foram canceladas na rede municipal de Jaborandi, no interior paulista, do dia 15 até o dia 21 deste mês. No litoral norte, a conjuntivite fez vítimas nas cidades de Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela. São cerca de 1.700 casos desde o começo do ano. Até um presídio em Piracicaba, também no interior, foi interditado por causa dos presos com o problema nos olhos.          

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