SPTrans entra com ação no TRT contra greve de ônibus

SPTrans entra com ação no TRT contra greve de ônibus

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:57

A São Paulo Transporte (SPTrans) afirmou, por meio de nota, que entrou nesta quarta-feira (2) com uma medida cautelar no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) informando que os trabalhos da Viação Himalaia “foram interrompidos sem justificativa”.

Motoristas e cobradores de ônibus da Viação Himalaia se reuniram na manhã desta quarta e decidiram manter a greve na Zona Leste de São Paulo. São cerca de 300 ônibus e 200 trólebus paralisados. A paralisação começou na tarde de segunda-feira (31). As linhas da empresa ligam as regiões de São Mateus e Cidade Tiradentes ao Centro da capital paulista.

A SPTrans espera que o TRT convoque as partes para uma reunião de conciliação. “A SPTrans esclarece ainda que está autuando a Viação Himalaia pela interrupção de seus serviços”, diz a nota.

  O Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi colocado em operação desde as 3h30 desta quarta-feira para atender as principais linhas da empresa Viação Himalaia. Foram acionados 152 ônibus que estão operando 17 linhas.

Greve mantida

De acordo com Nailton Francisco de Souza, coordenador do Departamento de Comunicação do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), a greve será mantida porque motoristas e cobradores não aceitaram as propostas da Viação Himalaia. Segundo Souza, o clima é de desconfiança entre os funcionários, descontentes com as negociações que se arrastam desde janeiro de 2010.

O diretor de comunicação afirma que a categoria aguarda ser convidada para uma nova reunião com a Viação Himalaia. Até as 7h35 desta terça-feira, ninguém foi encontrado na Viação Himalaia nem no Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss) para comentar o assunto.

Segundo motoristas e cobradores ouvidos pelo G1 , a Viação Himalaia foi comprada pela Viação Nova Horizonte, que pretendia incorporar os trabalhadores automaticamente, sem o pagamento da rescisão contratual. Eles querem uma garantia de que irão receber todos os direitos dos seis anos trabalhados.

Nesta terça-feira, segundo o SP Urbanuss, foi proposta a não alteração nos contratos de trabalho dos empregados da Viação Himalaia. Como haverá mudança na composição societária da empresa, os motoristas insatisfeitos poderão solicitar a rescisão contratual e o pagamento dos direitos trabalhistas relativos ao tempo trabalhado. A Viação Himalaia se comprometeu em pagar as horas paradas mediante o retorno às atividades durante a tarde. Entretanto, os motoristas não voltaram ao trabalho.    

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