Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, participante confesso da tentativa de assalto seguida de morte que vitimou o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24, no dia 18 de maio no campus da USP (Universidade de São Paulo), deve ser transferido na manhã desta sexta-feira (17) para algum CDP (Centro de Detenção Provisória).
Após ser preso pela Polícia Civil, na noite de quinta-feira (16), Santiago, que teve a prisão preventiva decretada em sigilo pela Justiça, foi encaminhado para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e realizou exame de corpo de delito. O homem passou a madrugada na carceragem do 2º Distrito Policial, do Bom Retiro, região central de São Paulo.
No último dia 10, Santiago se entregou à polícia e por isso havia recebido o direito de responder ao crime de latrocínio [roubo seguido de morte] em liberdade. Mas, nesta semana a Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva.
Crime
De acordo com Santiago, ele e um cúmplice decidiram cometer o crime depois de consumir maconha por necessidades. Santiago alega ter dificuldades para sustentar seu filho de um ano.
A dupla então decidiu ir até a USP e se deparou com a Ecosport. Eles fizeram a vítima refém e circularam por uma hora no campus em busca de outra vítima. A deficiente, que seria corcunda, não foi vítima do roubo por pena, de acordo com o suspeito.
Depois de matar o estudante, a dupla fugiu e liberou a deficiente perto da USP, segundo Santiago.
Segundo o delegado divisional Maurício Guimarães Soares, Santiago foi indiciado por latrocínio, cuja pena pode chegar a até 30 anos de prisão.
O preso disse estar arrependido do crime. Na versão dele, o objetivo era roubar o carro da vítima, que teria reagido com dois socos.
- Se a gente não mata ele, ele nos mata.
Santiago apontou seu cúmplice como o autor do disparo que matou Paiva. Esse outro homem está foragido. Santiago não revelou detalhes sobre seu parceiro.
De acordo com o advogado que representa Santiago, Jeferson Badan, há uma ética no crime que o impede de entregar detalhes do cúmplice.
- Se ele entrega, vira alcagueta. E alcagueta morre na prisão ou no bairro onde mora.
Suspeito passou a noite no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro (Foto: Hélio Torchi/AE)
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições