O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira (19) que a decisão pela extradição ou não do ex-ativista italiano Cesare Battisti caberá somente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, o STF (Supremo Tribunal Federal) atendeu, por 5 votos a 4, o pedido da Itália para mandar Battisti de volta ao seu país de origem. Porém, por decisão do Supremo, a palavra final sobre a questão é de Lula.
''Esse é um juízo do presidente. Juízo solitário do presidente. Ele não estará autorizando ou desautorizando ninguém''.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 70. Foragido no Brasil desde 2004, foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. Em janeiro deste ano, Tarso concedeu a ele o status de refugiado político. O italiano era membro do movimento PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) na época em que os crimes ocorreram.
O ministro elogiou a decisão do Supremo de deixar para Lula a palavra final sobre a extradição e disse que ainda não conversou com Lula sobre o julgamento de ontem, mas disse que opinará sobre a questão ''caso o presidente peça''.
Para Tarso, que defende a permanência de Battisti no país, o italiano está preso ilegalmente desde janeiro, quando recebeu o refúgio.
Ele também negou que uma eventual decisão de Lula por manter Battisti no país abra uma crise diplomática com a Itália. A extradição do ex-ativista é requisitada por diversas autoridades italianas.
O ministro ainda se disse satisfeito com o fato de o Brasil ser visto no exterior como abrigo para refugiados.
''É um orgulho que o Brasil sirva de abrigo para pessoas que são perseguidas politicamente''.
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