Taxistas viajam para outras cidades para abastecer carros

Taxistas viajam para outras cidades para abastecer carros

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:14

A greve dos motoristas dos caminhões 'tanqueiros', que transportam combustível, fez com que parte dos taxistas encerrasse mais cedo o expediente na quarta-feira ou que se deslocassem para cidades próximas para abastecer, mas ainda assim provocou redução na capacidade de atendimento do setor, de acordo com informações do Sindicato dos Taxistas e Transportadores Autônomos de São Paulo.

Conforme o sindicato, os taxistas que trabalhavam com gás natural foram os menos prejudicados com a greve promovida pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

De acordo com o assessor do sindicato. Giovanni Romano, o fim da greve nesta quinta-feira impediu que a redução da capacidade de atendimento fosse maior. "Esperamos que até às 12h a situação seja normalizada para evitar maiores impactos para a categoria", comenta.

Entenda

Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, reclama que a restrição ao tráfego na Marginal é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 km caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) representa 800 caminhões "tanqueiros", que transportam combustíveis na cidade paulista. Atualmente, 95% desses caminhoneiros são autônomos: trabalham em caminhões próprios e não estão vinculados a empresas. Por esse motivo, a greve promovida pelo sindicato conseguiu, em apenas três dias, causar uma crise de distribuição na cidade.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp) afirma que as empresas de transporte de combustível são responsáveis por cerca de 5% do transporte do setor na cidade, mas é comum essas empresas não terem frota própria e também utilizarem trabalho terceirizado de autônomos.

Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.

"Infelizmente, essas manifestações estão ocorrendo de forma violenta, com depredações de diversos veículos e ameaças a funcionários e motoristas", disse o Sindicom em nota. "O Sindicom deu entrada na segunda na Justiça em pedidos de medidas cautelares, para assegurar proteção policial ostensiva ao trânsito dos caminhões-tanques de suas associadas. Aguardamos estas decisões para retomar as operações com segurança".

Só na terça, a Polícia Militar realizou pelo menos seis escoltas para garantir a entrega de combustíveis, mas segundo a assessoria de imprensa da corporação, alguns motoristas estão se recusando a fazer entregas mesmo com escolta por temores de que possam sofrer represálias posteriores.

As escoltas estão sendo coordenadas pelo gabinete de crise criado pela Polícia Militar, que conta também com a participação da tropa de choque, da Polícia Rodoviária e de representantes da prefeitura. Além de escoltas, a PM também realiza policiamento preventivo para garantir segurança nas distribuidoras.

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