Teresópolis registra terceiro caso de leptospirose

Teresópolis registra terceiro caso de leptospirose

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:57

A Secretaria de Saúde de Teresópolis confirmou, no fim da manhã desta sexta-feira (4), o terceiro caso de leptospirose da cidade. A nova vítima é uma jovem de 18 anos, que está sendo tratada em um dos abrigos de Teresópolis. Até o momento, há 164 notificações de possíveis infectados com a doença. Dentre os casos suspeitos há somente uma pessoa internada no Hospital São José e os outros 163 realizam tratamento domiciliar.

Apesar de o número chegar a 29 casos, o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Sesdec (Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil), Alexandre Otávio Chieppe, afirma que o quadro de casos de leptospirose na região serrana do Rio de Janeiro não pode ser considerado de surto.

  Para evitar uma epidemia dessa e de outras doenças, a Prefeitura de Teresópolis realiza uma campanha de orientação dos moradores sobre medidas preventivas. No caso da leptospirose, os principais sintomas são febre alta, náuseas, dores musculares e de cabeça. A secretária de Saúde do município, Solange Cirico, aconselha as pessoas que apresentarem os sintomas a ir à unidade de saúde mais próxima. A secretária ainda afirma que está atuando nas áreas afetadas com equipes volantes para atuação in loco para imunização, curativos e atendimentos em geral.

Desde o dia 12 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde está tomando medidas preventivas, por meio de equipes da Vigilância Ambiental, Sanitária e Epidemiológica. Entre os trabalhos executados estão o controle da qualidade da água para consumo humano (coleta em diversos pontos da cidade para monitoramento e disponibilização e garantia de acesso ao hipoclorito de sódio a 2,5% para tratamento da água de consumo de abrigos e domicílios); acompanhamento das unidades assistenciais e abrigos; e monitoramento e acompanhamento diário de doenças e agravos de notificação compulsória (diarreia, leptospirose, síndromes febris, hepatites).

Tragédia das chuvas Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraudas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.    

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