Terminou por volta das 11h desta sexta-feira (8) o protesto do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Via Anchieta, sentido litoral. Manifestantes começaram a deixar o local com faixas e bandeiras após o protesto que, segundo os organizadores, reuniu cerca de 30 mil trabalhadores entre os km 10 e 12 da pista local, em São Bernardo do Campo (SP), durante 1h30. De acordo com a Polícia Militar, no entanto, 2 mil pessoas participaram.
O último discurso da manifestação aconteceu por volta das 10h40. Durante o ato, o trânsito entre o km 8 e o km 16 da Via Anchieta foi desviado para a via expressa. Antes disso, chegou a haver 3 km de lentidão na rodovia, segundo a concessionária Ecovias.
De acordo com um dos líderes do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, Sergio Nobre, o protesto teve como objetivo chamar a atenção do governo para a defasagem tecnológica dos produtos fabricados no Brasil, que perdem competitividade para os importados.
Protesto na Anchieta reniu cerca de 30 mil metalúrgicos (Foto: Nelson Antoine/Foto Arena/AE)
Queremos um grupo bipartite para discutir as importações e para nacionalizar os produtos brasileiros, disse Nobre ao G1 , sobre a produção de carros, eletrodomésticos e máquinas que, além de sofrer com a entrada de produtos de outros países, possui ainda alto índice de peças importadas.
Temos que fazer como a China e a índia, que protegem suas indústrias. Somente de automóveis, a previsão é de importação de 1 milhão de unidades, isso representaria 103 mil empregos no Brasil.
Nobre afirma que um estudo com diversas propostas, feito em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), será apresentado para o governo federal para que uma câmara permanente de discussões sobre o setor industrial seja instalada. Ele afirma que a medida não se limitaria aos metalúrgicos, mas também ao setor químico e de alimentação.
Entre as propostas estão capacitação e mão de obra, investimento em tecnologia, compensações para diminuir o efeito da valorização do real e rediscussão da carga tributária.
Além de investimento em tecnologia, não queremos que engenheiros e pesquisadores saiam do país por falta de oportunidade. Temos que preservar os nossos intelectuais, ressalta o líder.
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