Terminal 4 de Cumbica estreia com falhas de comunicação

Terminal 4 de Cumbica estreia hoje com falhas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:16

O Terminal 4 do aeroporto de Guarulhos, construído sobre a antiga área de transporte de carga da Vasp e projetado para receber 5,5 milhões de passageiros por ano (15.068 passageiros por dia), começou a funcionar na madrugada desta quarta-feira, dia 8, com apenas uma opção de lanchonete no saguão – La Selva Café –, falhas na comunicação com passageiros e corre-corre para deixar tudo operacional em tempo.

Às 2h32min, quando aterrissou o voo 6755 da Webjet, vindo de Recife, o primeiro a desembarcar passageiros no Terminal 4, as equipes de faxina apenas começavam a limpar o chão do saguão principal (entrada e check-in) do prédio de 12,2 mil metros quadrados de área operacional. Às 4h10min, um móvel guarda volumes entrava pela porta da frente empurrado por funcionários sobre dois carrinhos de bagagem.

Entre os passageiros prestes a embarcar – a o primeiro voo foi às 3h55min – e pessoas que chegavam para buscar parentes e amigos, a reclamação mais comum era de falta de informação. Quem foi primeiro direto aos terminais 1 e 2 encontrou uma série de luminosos, na área externa, com a informação de que a Webjet começou a operar no Terminal 4 nesta quarta-feira, dia 8. Mas placas indicando como chegar eram raras.

“Chegamos a estacionar o carro”, disse Alex Santiago, que levava os tios José Cosme da Silva e Maria das Dores do Nascimento Silva ao aeroporto, onde embarcariam de volta para casa, em Recife. “Um funcionário nos sugeriu que viéssemos a pé de lá até aqui. Mas não fizemos isso porque percebemos logo que era longe”, conta.

José Mascarenhas dos Santos passou por situação mais dramática. Esperava os filhos Fabiano, de 13 anos, e Fabrício, de oito anos, em um voo da Gol – que só opera nos terminais antigos. Mas só foi avisado com quase uma hora de atraso que os dois haviam chegado em outro voo, da Webjet – a companhia pertence a Gol –, no Terminal 4. “Informação zero. Sempre fui fiel a Gol. Mas esta foi a última vez que comprei”, disse.

Outros passageiros esperavam caronas sem entender direito onde estavam e não sabiam da disponibilidade de ônibus oferecidos pela a Infraero gratuitamente ligando os terminais, a cada 10 minutos. “Agora de madruga até está tranquilo. Mas durante o dia, com mais voos, essa falta de informação pode causar problemas”, disse Samuel Ferreira, que embarcaria em seguida para Recife para participar doo casamente de um dos primos. “Se eu chegasse em cima da hora, talvez não desse tempo”.

Contraponto

Mas nem todas as surpresas forma negativas. Espaço de check-in, saguão espaçoso e esteiras de bagagem renderam elogios dos primeiros usuários. “Gostei, achei amplo”, afirmou o engenheiro José Pinheiro Sobrinho, de Uberaba. “Parece que vai ser uma potência”, disse Alex Santiago. “As esteiras na inclinadas facilitam a retirada das bagagens”, disse Edna Dias, que voltava por Recife de férias de verão na ilha de Itacaré.

Na área de embarque, foram colocados 34 postos de check-in e oito totens de atendimento. É um espaço organizado, com 17 unidades de cada lado e uma esteira de bagagens central, dividindo o canto direito do saguão ao meio. Nesta madrugada, quatro posições estavam abertas e funcionários orientavam sobre como usar o autoatendimento.

Segundo a Infraero, no que diz respeito às opções de alimentação, comércio e serviços no Terminal 4, já foram licitados e homologados onze espaços. Um deles é a lanchonete do saguão. Outros são uma lanchonete e uma revistaria, na sala de embarque. Há ainda três caixas eletrônicos no saguão. A maior parte das áreas comerciais, porém, ficará no mezanino sobre a sala de embarque, que permanece fechada, em obras.

A estatal diz que a gestão dos contratos com esses fornecedores ficará sob sua responsabilidade até que os novos administradores – no leilão de segunda-feira, dia 6, o consórcio Invepar-ACSA arrematou a concessão de Guarulhos por 20 anos –, assumam o aeroporto, o que deve acontecer por volta de maio. Caberá ao novo operador decidir se quer renegociá-los.

Atraso

Contratada as pressas no ano passado para amenizar o caos aéreo tradicional nas festas de final de ano, a construção do Terminal 4 custou R$ 85 milhões e ficou a cargo da construtora Delta. Chegou a ser interrompida por uma queda de parte da estrutura do teto e atrasou pouco mais de um mês. Antes da Webjet, a Infraero convidou Tam e Gol para operarem o Terminal 4. Mas nenhuma das se interessou.

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