A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (24) que o tiro que atingiu e matou um comerciante de 46 anos em uma operação no Conjunto de Favelas da Maré , no subúrbio, partiu de um fuzil. A informação da polícia foi divulgada com base em um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) e Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Segundo a polícia, um confronto balístico será feito para determinar se o tiro saiu de uma arma da polícia ou de um traficante da comunidade.
Anteriormente, o delegado Deoclécio Francisco de Assis, da 37ª (Ilha do Governador), que estava à frente da operação, havia afirmado "aparentemente" o comerciante tinha sido atingido por um tiro de pistola .
O comerciante foi atingido durante a operação Trovão, realizada pela Polícia Civil na Maré, na terça-feira (22). Os policiais tentavam encontrar integrantes de uma quadrilha acusada de praticar sequestros relâmpagos, roubos de veículos e a residências na Ilha do Governador, na Zona Norte, e adjacências.
O caso é investigado pela Divisão de Homicídios. No dia da operação, o delegado Deoclécio Francisco de Assis, da 37ª DP (Ilha do Governador), que estava à frente da ação, informou que as armas dos policiais envolvidos na ação foram recolhidas para serem periciadas.
A vítima foi enterrada na quarta-feira (23) no cemitério da Ordem terceira do Carmo, no Caju, Zona Portuária.
Víuva de comerciante 'quer justiça' " Quero justiça, porque meu marido era tudo o que eu tinha na vida ", disse a empregada doméstica Clesiane Ferreira, viúva do comerciante.
"Eu nunca tive um pai. Eu não tenho nenhum parente aqui no Rio. A gente se amava muito. Ele deixou dois filhos e eu não tenho a quem recorrer a não ser à justiça de Deus e dos anjos aqui na terra", completou.
De acordo com Clesiane, os dois tinham uma loja no local onde moravam, e no dia em que o marido morreu, ela ouviu o barulho do tiro.
"Eu sempre saia para o trabalho e entrava numa rua para pegar a Avenida Brasil. Sempre olhava para trás e dava tchau para ele. Nesse dia, quando eu entrei na rua, um homem passou e falou para eu ir direto que os policiais estavam entrando. Aí mais na frente eu ouvi um estrondo e acelerei meus passos", contou.
"Quando eu cheguei no trabalho, eu liguei para a minha residência e ninguém atendeu. Então, eu liguei para o celular da minha filha e ela mandou eu voltar para casa. Depois disso, minha patroa falou com a minha cunhada pelo celular e me contou o que tinha acontecido", concluiu.
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