Cinco integrantes de uma torcida organizada do Atlético-MG acusados de participar da morte de Otávio Fernandes, um cruzeirense de 19 anos, foram soltos na madrugada desta quarta-feira (12). O assassinato do jovem ocorreu no fim de novembro do ano passado, quando os torcedores rivais se encontraram na saída de uma luta de vale-tudo, em frente a uma casa de shows na Região Sul de Belo Horizonte. Ao todo, 12 pessoas vão responder em liberdade por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.
Segundo a assessoria do Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais, o promotor responsável pelo caso, vai recorrer da decisão da Justiça ainda nesta quarta-feira (12).
O advogado de defesa de oito torcedores denunciados, Dino Miraglia, diz que não existe prova técnica contra os clientes. Segundo ele, há provas técnicas apenas contra dois adolescentes e um réu confesso. Os cinco acusados que estavam presos estavam no Centro de Remanejamento de Segurança Prisional (Ceresp) Gameleira, na região Oeste da capital e foram liberados por volta de 00h30, quando um oficial de Justiça chegou com os alvarás de soltura. Eles foram soltos após 30 dias de prisão.
De acordo com a assessoria do Fórum Lafayete, em Belo Horizonte, o juiz do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Maurício Torres Soares, aceitou, nesta terça-feira (11), a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os 12 torcedores do Atlético-MG . Ainda segundo a assessoria do fórum, apesar de aceitar a denúncia, o pedido de prisão preventiva para os acusados feito pelo Ministério Público - foi negado. O juiz teria alegado que permitiu a soltura dos acusados por causa de incoerências nas investigações.
A Policia Civil indiciou 41 pessoas e 12 foram denunciadas pelo Ministério Público. Onze deles foram indiciados por três crimes: homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O presidente da torcida, William Palumbo, conhecido como Ferrugem, e o vice, Roberto Augusto Pereira, cujo apelido é Bocão vão responder por estes crimes, segundo a assessoria do Fórum Lafayete. Apenas um, conhecido como Grilo, não foi denunciado por tentativa de homicídio, cabendo responder por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.
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