Três meses depois das enchentes, que atingiram a Região Serrana do Rio, milhares de pessoas ainda tentam retomar a vida. Em Nova Friburgo, moradores ainda convivem com as consequências da chuva. No Centro da cidade, as quedas de barreira forma uma paisagem de cicatrizes na mata. A cidade teve o maior número de vítimas, foram 420 mortos.
Mais de 60 famílias continuam em abrigos públicos, recebendo comida oferecida pela prefeitura. As doações caíram 80% e o município ainda trabalha para concluir um estudo completo dos problemas provocados pelo temporal. Segundo o último levantamento da cidade, aponta que os prejuízos já ultrapassam um bilhão de dólares.
Só Deus para dar conforto para as pessoas, os que ficaram. É muito difícil, diz uma moradora. Ainda não tem nem calçada pra gente andar, completa outro morador.
Foram mais de 3 mil quedas de barreiras e, em Friburgo, 70 pessoas continuam desaparecidas. Em alguns bairros os imóveis a serem demolidos já foram identificados e 176 já foram derrubados.
Nós vamos adotar medidas que possam minimizar possíveis efeitos de novas chuvas, mas vamos ter que conviver com alguns riscos ainda no próximo verão, disse o coronel Roberto Robadey, coordenador de Defesa Civil da cidade.
Protestos
Em Friburgo e Teresópolis moradores protestaram pela demora para receber benefícios e da recuperação de áreas devastadas. Com faixas, cartazes e representantes com nariz de palhaço, grupos percorreram ruas das cidades. Em Friburgo, os manifestantes foram recebidos pelo prefeito e, em Teresópolis, entregaram à Câmara Municipal uma lista de reivindicações.
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