TRF julga nesta quinta ação penal contra Deborah Guerner e Bandarra

TRF julga nesta quinta ação penal contra Deborah Guerner e Bandarra

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:31

Deborah passou mal na sessão em que denúncia

foi aceita no TRF (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)

  O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, julga na tarde desta quinta-feira (18) inquérito policial em que o ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra e a promotora Deborah Guerner são acusados de violação de sigilo profissional, formação de quadrilha e concussão, que é extorsão feita por servidor no uso de seu cargo ou função.

Também são suspeitos de formação de quadrilha o marido de Deborah, o empresário Jorge Guerner, e Cláudia Marques, servidora do Ministério Público do Distrito Federal. Os quatro são acusados de chantagear o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda em troca de R$ 2 milhões. Todos negam as acusações.

O advogado de Deborah, Paulo Sérgio Leite Fernandes, informou que a promotora não deve comparecer ao julgamento. "Se ela for e estiver bem, vão dizer que ela fingiu. Se ela for e estiver mal, vão dizer que ela está fingindo", disse. A reportagem do G1 procurou a defesa de Bandarra, mas não conseguiu retorno.

A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) no ano passado e corre em segredo de Justiça. Em junho deste ano, a relatora do caso, desembargadora Mônica Sifuentes, afirmou que os acusados precisariam, “no mínimo, prestar esclarecimentos”, diante das suspeitas. Segundo ela, há indícios de que Bandarra teria planejado e Guerner executado a suposta extorsão.     “Estou convicta de que todos os denunciados, cada um na medida de sua culpabilidade, se não estão diretamente envolvidos, têm no mínimo, pelos menos, explicações a dar sobre o que foi narrado na peça acusatória”, disse Sifuentes.

A sessão em que a denúncia foi aceita pelo TRF, em julho, foi marcada por incidentes protagonizados pela promotora Deborah Guener. Logo após o início do julgamento, diante de uma interrupção da promotora, o presidente da Corte, Olindo Menezes, chegou a ameaçar retirar Deborah do plenário.

A promotora e o marido deixaram o local afirmando que Jorge Guerner estaria se sentindo mal. Cercados pela imprensa, eles seguiram para o posto médico do tribunal e, no caminho, a promotora desmaiou e foi carregada.

A denúncia foi aceita por unanimidade em relação a Deborah Guerner e o marido. Dos 15 desembargadores presentes, apenas Jirair Mengueriam livrou o ex-procurador de Justiça do DF das acusações. Segundo ele, não há provas da participação de Bandarra na extorsão.

“Esse julgamento é exclusivamente sobre a extorsão ao governador. E não há nada do Bandarra sobre isso, nenhuma informação sobre extorsão. Há indícios de formação de quadrilha para outros crimes e prevaricação, mas com a relação a extorsão não há nada concreto”, afirmou o desembargador.            

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