A cada 15 minutos, uma motocicleta é apreendida em São Paulo. A cidade tem a maior frota de motos do país - quase 1 milhão. As irregularidades vão desde a falta de documentos do veículo até a adulteração das placas, como mostrou a reportagem do Jornal Hoje desta quarta-feira (17).
A advogada Aline Morim trocou o carro pela moto há seis meses, mas acabou ficando sem os dois meios de locomoção. Paguei licenciamento, vistoria, mas não está no sistema deles [da Polícia]. E em vez de trazer o documento da moto, trouxe do carro, disse. Por causa do esquecimento, a motocicleta da advogada foi apreendida.
Os veículos apreendidos são levados para um pátio administrado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em convênio com a Polícia Militar. Segundo Paulo Oliveira, capitão da PM e chefe do setor operacional do Comando de Trânsito, as motocicletas que não são retiradas pelos donos mediante o pagamento de multa em três meses são leiloadas.
Infrações
De acordo com a Polícia Militar, as infrações que mais causam as apreensões dos veículos são a falta de habilitação do motorista, falta de licenciamento e ausência de placa ou adulteração. Algumas motos nos pátios tem tantas multas que os donos preferem abandoná-las.
Além das infrações mais comuns, é possível encontrar uma série de irregularidades diferentes nos pátios. Alguns motociclistas tentam passar despercebidos pelos radares entortando as placas para cima, para esconder a forma de identificação.
Apesar das tentativas, os números confirmam que as motos continuam sendo fiscalizadas e levadas para os pátios em números crescentes. De janeiro até junho de 2011, 20 mil motos já foram apreendidas, o que equivale a uma apreensão a cada 15 minutos. Em comparação, apenas 8 mil motos tiveram o mesmo destino em 2010.
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