Universidade diz que aluna morta não registrou ameaças

Universidade diz que aluna morta não registrou ameaças

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:25

O UniCEUB, universidade de Brasília onde estudava Suênia Souza Farias, 24 anos, morta por um professor na sexta-feira (30), negou nesta segunda (3) que soubesse que a aluna vinha sendo perseguida e ameaçada pelo professor Rendrik Vieira Rodrigues, 35. Ele é acusado de matar a aluna a tiros por não aceitar o fim de um relacionamento amoroso. No enterro do corpo da estudante na tarde de domingo (2), familiares e amigos de Suênia disseram que ela havia registrado uma reclamação na reitoria sobre o comportamento do professor. “Ela a ameaçava por telefone, pessoalmente, a seguia em todo lugar. Ela não prestou queixa na polícia, mas falou com a faculdade”, disse a prima Vanessa dos Santos. “Ela estava incomodada e procurou a reitoria”, afirmou a amiga Gioconda Jaccoud.   O UniCEUB informou, por meio de sua assessoria, que não há registro de nenhuma queixa da estudante na ouvidoria da universidade. O reitor Getúlio Lopes disse que não foi procurado por Suênia para conversar sobre o assunto. No sábado, o UniCEUB disse que o professor será desligado da instituição nesta segunda. A Faculdade Projeção, onde Rodrigues atuava como coordenador do curso de direito, também divulgou nota dizendo que ele seria “demitido e substituído imediatamente”.

Entenda o caso

Segundo a Polícia Civil, Rodrigues e Suênia teriam se conhecido no UniCEUB, onde ele lecionava e ela estudava. O relacionamento teria durado três meses, período em que ela estava separada do marido.

Insatisfeito com o fim do namoro, o professor pediu na sexta-feira para conversar com a estudante, e os dois saíram de carro, de acordo com os policiais. A polícia afirma também que Rodrigues disse em depoimento que alvejou a ex-namorada com três tiros. “Segundo a versão dele, foi no ímpeto, durante a discussão, que ele resolveu reagir dessa forma”, disse o delegado Ulysses Campos Neto.

Após o crime, Rodrigues levou o corpo até a Delegacia de Polícia de Recanto das Emas, na periferia do Distrito Federal, e se entregou.

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