Usada em pipas, linha mais cortante é vendida clandestinamente em SP

Usada em pipas, linha mais cortante é vendida clandestinamente em SP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

A morte de um policial que teve o pescoço cortado por uma linha de pipa, na Zona Leste de São Paulo, revela o perigo mortal de uma brincadeira que aparenta ser inocente: empinar pipas com cerol. E o pior é que a polícia diz ter descoberto uma linha muito mais cortante que o cerol e ela está sendo usada em São Paulo. O produto é vendido de forma clandestina.

A chamada ‘linha laser’ é chilena e corta quatro vezes mais do que a nacional. É composta por quartzo moído e óxido de alumínio, diz um morador da Zona Leste. De acordo com ele, “qualquer criança” sabe onde comprar a linha chilena. Em um dos bairros, um garoto dá as indicações de onde achar o produto. “Sobe aquela rua direto, aí ela vai fazer assim, vai subir.”

O pequeno comércio funciona na garagem de uma casa, onde a dona oferece a mercadoria. Questionada se a venda da linha chilena não é proibida no mercado, responde: “É proibido, mas vai fazer o quê?”

Tanto é proibido que na região do Campo Limpo, na Zona Sul, um comerciante foi preso vendendo material para empinar pipas, incluindo pó-de-vidro, cola, linha com cerol e quatorze carretéis de linha chilena.

De acordo com a polícia, essa linha é 40 vezes mais resistente que a com cerol. Foi o mesmo tipo de linha que matou um policial militar nesta quinta, em Vila Granada, na região da Penha. Ricardo Mathias Cordeiro, de 25 anos, estava de folga e andava de moto, quando foi atingido no pescoço pela linha cor de rosa usada para soltar pipa. A perícia recolheu a linha e encaminhou para análise.

Na tarde desta sexta, o corpo do policial foi enterrado. O PM não foi a única vítima. Em Cajamar, na Grande São Paulo, o menino de 8 anos teve a perna cortada pela linha chilena. Na internet existem até protetores de dedos para manusear a linha.

Só no ano passado, na capital, os bombeiros atenderam 21chamados de pessoas que ficaram feridas por causa do cerol. A maioria dos casos acontece na época de férias.

Para mostrar o perigo da linha chilena, a tenente do Corpo de Bombeiros Karoline Burunsizian usa uma maça. Ao passar a linha, a fruta é cortada ao meio sem dificuldade. A pena para quem vende esse tipo de produto é de até cinco anos de prisão. O criminoso não pode pagar a fiança para responder em liberdade.

fonte: G1

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