Antes de levar tiro, cliente briga com outros clientes
do lado de fora da agência bancária
(Foto: Divulgação Polícia Civil) O segurança de uma agência bancária em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que atirou contra um cliente, confessou à polícia que tinha intenção de fazer o disparo na perna do homem. A informação é do delegado da 62ª DP (Imbariê), Hilton Pinho Alonso, que ouviu os depoimentos nesta quinta-feira (2) e também viu as imagens do circuito interno de segurança do banco.
O tiro acertou o pescoço do cliente, que está internado no o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Para o delegado, a alegação do vigia não tem lógica. Ele afirma que não houve luta corporal entre os dois envolvidos. O episódio ocorreu às 12h15 de quarta-feira (1º).
Ele disse que no momento de rapidez, a intenção era atirar para baixo, mas como foi muito rápido, acabou acertando o pescoço. É estranha a alegação porque a arma geralmente fica na cintura, então quando você tira a arma, ela já está em direção ao chão. Apontar para cima é muito mais trabalhoso do que para o alto. Essa afirmação está estranha, disse ele ao G1, nesta sexta-feira (3).
O vigia foi preso em flagrante, por tentativa de homicídio. O baleado, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde, passa bem nesta sexta. Ele continua estável, lúcido e orientado. Ainda não há previsão de alta. Entenda o caso
Segundo a polícia, o cliente falava ao celular quando foi barrado pela porta giratória. Ele teria se recusado a entregar os objetos para que a porta fosse liberada.
Através das imagens, a polícia constatou que o cliente baleado, ao ser impedido de entrar no banco, travou a porta giratória durante seis minutos e não deixou os outros clientes entrarem na agência. Ele tentou segurar a porta como uma forma de protesto, como pirraça, as pessoas saíram nervosas, bateram boca, acabou criando a agressão, explicou o delegado.
Hilton Pinho disse que o homem chegou a brigar com os outros clientes, fora da agência, na calçada. Depois da briga, o cliente teria entrado na agência para tirar satisfação com o segurança, que teria reagido e atirado. Não houve luta corporal entre eles, pois o vigia teria atirado antes.
As imagens, de acordo com o delegado, mostram apenas até o momento em que o homem entra novamente na agência. Não há imagens do momento do disparo. Pedimos novas filmagens. A gente não sabe se houve ponto de sombra ou erro na hora de enviar, disse ele.
Mas o delegado afirmou que as novas imagens não mudarão os fatos, pois não houve nenhuma contradição nos depoimentos. O caso agora está na 60ª DP (Campos Elíseos).
Hilton Pinho alega que somente o fato de o segurança ter efetuado o disparo dentro de uma instituição pública, com clientes dentro, já é motivo de o caso ir para a polícia. Não era um bando de gente em cima dele, afirmou, ressaltando que o tiro não foi acidental.
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