Vigilância Sanitária não acha moscas em hospital do RJ

Rodolfo Nunes e Edmar Santos falam sobre a

infestação de moscas no hospital

(Foto: Lilian Quaino/G1)

  Técnicos da Vigilância Sanitária do Estado não constataram focos de moscas varejeiras na inspeção que fizeram nesta segunda-feira (19) no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, que teve as cirurgias suspensas na sexta-feira (16) por causa de uma infestação de insetos no centro cirúrgico.

A informação é do diretor do hospital, Rodolfo Acatauass Nunes, que, na tarde desta segunda, chamou o episódio de "evento extraordinário" porque nem as equipes do hospital nem as da Vigilância Sanitária conseguiram descobrir de onde vieram as moscas. O centro cirúrgico voltou a funcionar nesta segunda e até o meio da tarde dez procedimentos já haviam sido realizados.

"Em 30 anos de trabalho, nunca vi nada parecido", disse Rodolfo Nunes, explicando que não foram localizados no hospital, nem na parte do edifício que está em obras, e que também foi fiscalizada pela Vigilância Sanitária, animais mortos ou restos de comida que pudessem atrair as moscas.

O chefe do centro cirúrgico, Edmar Santos, explicou que, na sexta-feira, funcionários que começaram a preparar as salas do centro cirúrgico para as cirurgias do dia se depararam com 12 moscas na sala 12. Em outras salas também foram encontradas moscas, em menor número, e dez salas foram interditadas. Segundo o médico, 16 cirurgias foram suspensas.

"O cancelamento das cirurgias foi para a segurança dos pacientes. Não poderíamos de forma alguma fazer uma cirurgia naquelas condições", disse.

Ele explicou que as cirurgias suspensas não eram de emergência e estão sendo remarcadas.

Durante o fim de semana, foi feita uma dedetização, disse o diretor do hospital, que afirmou ainda que vai aceitar a sugestão dos técnicos da Vigilância Sanitária de reforçar a dedetização nos fins de semana.