Ação e estratégia chegam juntas em 'Valkyria Chronicles II' para o PSP

Ação e estratégia chegam juntas em 'Valkyria Chronicles II' para o PSP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

Plataforma : PSP

Produção : Sega

Desenvolvimento : Sega

Gênero : RPG de Estratégia

Jogadores : 1 (até 4 em modo cooperativo, 2 em modo versus)

Nota : 9,0*     Depois de 80 horas de jogo, a animação final e os créditos rolam na tela. Em seguida, novas missões “pós-game”, dezenas de armas novas e personagens aparecem. Ainda há muito que fazer, medalhas para conseguir e tanques para construir. ‘Valkyria Chronicles II’ é um jogo longo, com muitos personagens que podem se desenvolvedor de várias formas, criando grande profundidade.

A jogabilidade dá ao game o aval que ele precisa para merecer ser tão longo. Valkyria Chronicles (lançado para o Playstation 3) foi o primeiro do seu tipo, unindo ação e estratégia em um sistema de batalhas com influências de estratégia clássica (baseada em turnos), mas sem equivalente em nenhum outro jogo antes lançado.

As batalhas são divididas em duas partes. Um modo 2D em que é possível ter uma visão aérea sobre o campo, mostrando caminhos, obstáculos e campos inimigos. Nesse modo, é possível escolher um dos membros do seu esquadrão, o que gastará um ponto de controle (CP).       Feito isso, o jogo muda para uma visão de terceira pessoa em 3D que permite controlar seu soldado enquanto ele caminha pelo campo de batalha, até que ele chegue perto de algum inimigo e seja dada a ordem para atirar. A cada CP usado, o soldado pode atacar uma vez. A distância que pode ser percorrida, as armas e comandos disponíveis nesse modo dependem da classe de cada soldado. Exploradores (Scouts) andam bastante, mas usam apenas um rifle; tropas de choque usam metralhadoras, mas não podem ir muito longe.

Enquanto seu soldado anda, ele pode pisar em minas ou encontrar inimigos, que estarão escondidos em trincheiras, sacos de areia ou camuflados na grama. Quando eles o avistarem, irão imediatamente abrir fogo, criando uma ação inexistente em jogos de estratégia. O mesmo vale para suas unidades – o uso correto dos recursos de defesa é tão importante quanto o ataque.

Depois que o turno de uma unidade acabou, o jogo volta para o mapa em 2D e tudo se repete até que seus CPs tenham se esgotado. Daí é a vez do inimigo.

Avan Hardins é o protagonista de "Valkyria Chronicles II". Ele mora no pequeno país de Gallia, rico em mineral Ragnite, o que atraiu o interesse da Federação e do Império. A nação resistiu às investidas do Império, porém foi revelado que a rainha era da raça dos Darcsen, acusados de terem criado, no passado distante, uma calamidade por todo o continente. A família real deveria ser de descendência das Valkyrias, que usaram seus poderes sobrenaturais para restaurar a paz ao mundo.         A revolta do povo de Gallia deu origem a uma guerra civil, iniciada por aqueles que não aceitam a linhagem Darcsen de sua rainha e que pretendem eliminar todos os Darcsen de Gallia, tornando o país “puro” de raça. Essa guerra tirou a vida de Leon Hardins, irmão de Avan, quando ele foi escolhido para uma “missão secreta”. Para descobrir o que aconteceu com seu irmão, Avan entra na Academia Militar de Lanseal, juntando-se à classe G – os piores alunos da academia.

A história do game é contada a partir de desenhos. Alguns são animados, enquanto outros são apenas caixas com os personagens e um plano de fundo para identificar onde a cena está ocorrendo. O motor “CANVAS”, desenvolvido pela própria Saga, dá um visual de desenho japonês aquarela em todos os aspectos de "Valkyria Chronicles II".

Infelizmente, o enredo é bastante previsível e progride lentamente. Na maior parte do tempo, as missões para continuar são genéricas e não possuem uma ligação forte com os fatos da história. Há também muitas missões abertas para resolver problemas pessoais de colegas, tais como encontrar uma flor no meio de deserto para permitir que o sujeito tímido confesse seu amor, mas essas são opcionais e servem apenas para aumentar os potenciais da classe G.

Opções

O jogo brilha nas opções pré-batalha. As classes do jogo são Exploradores, Tropa de Choque, Lanceiros, Engenheiros e Técnicos. Lanceiros usam bombas contra tanques ou infantaria; engenheiros recarregam a munição de aliados e consertam tanques e curam feridas; Técnicos desarmam minas e carregam escudos que protegem contra fogo inimigo.

Cada uma dessas classes pode se desenvolver de várias formas: exploradores podem se tornar snipers, engenheiros podem virar médicos, e tropas de choque podem aprender a usar lança-chamas para destruir bunkers, por exemplo. São quatro classes finais e duas intermediárias para cada classe inicial.

As armas usadas podem ser criadas no departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Lanseal. Há 13 níveis de desenvolvimento, e as opções se abrem como os galhos de uma árvore com base no que você já desenvolveu e em informações sobre armas encontradas no campo de batalha. Um veículo também pode ser usado, e há diversas opções de canhões, blindagem, metralhadoras e corpos para o tanque, além de acessórios como uma lâmpada que melhoram a visão nas missões noturnas.   São essas opções que dão o ânimo para continuar o game, que é bastante repetitivo. Simplesmente não há variação no objetivo das missões: matar alguém, conquistar algo, escoltar um veículo ou encontrar um item. Os cenários disponíveis são poucos também, então dezenas de missões irão ocorrer nas mesmas áreas. A inteligência artificial é previsível e não muito inteligente, exceto os chefes que usam estratégias próprias.

Rádio

A trilha sonora é decente, com destaque para o “rádio” de guerra que é ouvido em algumas batalhas (“Não! Ele era um cara tão bom!”, quando você mata um inimigo). As conversas principais contam com as vozes dos personagens, mas as menos importantes são de apenas texto. O máximo que se tem é uma frase fixa dita pelos personagens para dar o “tom” do que está sendo dito. São coisas como “What’s up”, “hey”, “yo” e “hahaha” que serão ouvidas dezenas de vezes.

Os modos multiplayer não são muito úteis. No Versus, é muito fácil acontecer que um jogador tenha um esquadrão bem mais forte que o outro. O Co-Op é mais divertido, e nesse modo os dois ou três jogadores agem ao mesmo tempo, o que permite a realização de todo tipo de emboscada no inimigo, além dar ainda mais ação para o game.

Com uma história pouco inovadora, missões repetitivas e a ocasional irritação ao tentar obter um item que nunca aparece, o que torna "Valkyria Chronicles II" um grande jogo é sua jogabilidade, que além de ser excelente e viciante, é exclusiva da série e única no portátil da Sony. Conhecer este game é uma obrigação para qualquer fã de estratégia ou RPGs.    

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