Celular com Android vai servir como controle remoto para residências

Celular com Android vai servir como controle remoto para residências

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:44

Google promete integração com casa (Foto: Divulgação)

  Aparelhos celulares e tablets com sistema operacional Android, criado pelo Google para equipamentos móveis, vão servir como controle remoto para as casas do futuro.

Durante apresentação no evento Google I/O, realizado em San Francisco, nos EUA, a empresa mostrou um conjunto de tecnologias batizado de "Android@Home", que servirá para integrar os aparelhos celulares a eletrodomésticos comuns.

Elas serão compatíveis com aparelhos dotados de comunicação via NFC, sigla em inglês para comunicação em campo próximo, padrão aberto de troca de dados sem fio com componentes mais baratos que os do wi-fi. A tecnologia está presente em aparelhos como o Samsung Galaxy S II e o Google Nexus S, e deve ser incorporada a boa parte dos smartphones que serão lançados em breve.

Com o sistema, desenvolvedores poderão criar aplicativos para ligar e desligar lâmpadas, programar o funcionamento de máquinas de lavar e conectar o despertador do telefone celular a TVs, aparelhos de som e até, por exemplo, o aquecedor de água. As primeiras lâmpadas compatíveis com o sistema devem chegar ao mercado no fim de 2011.

Telefones e tablets também poderão conversar com um servidor doméstico compatível com Android. Batizado de "Project Tungsten", ele armazena música, fotos e vídeo. A novidade está na forma que o aparelho adquire a mídia: um usuário encosta a caixa de um CD no aparelho, que identifica - por meio de tags RFID, por exemplo - o título do álbum. Automaticamente todo o conteúdo do disco é baixado da internet. Encoste o CD mais uma vez, e o aparelho começa a reproduzir a primeira faixa do álbum.

Além da integração residencial, o Google mostrou uma plataforma para o desenvolvimento de equipamentos aptos a "conversarem" com o Android. Na demonstração, a empresa utilizou uma esteira capaz de passar informações sobre consumo de calorias para o celular. O projeto é baseado no microcontrolador Arduino, plataforma de código aberto para o desenvolvimento de eletrônicos e pequenos sistemas robóticos.

Logotipo de nova versão do Android, 'Ice Cream Sandwich' (Foto: Divulgação)

  Sanduíche de sorvete

O Android deve ganhar em breve uma nova versão. Batizado de "Ice Cream Sandwich", seguindo a tradição da empresa de dar nomes de sobremesas a cada versão do sistema, o novo Android será compatível com tablets e telefones celulares.

Atualmente, o Google utiliza versões diferentes para cada tipo de aparelho: "Honeycomb" para tablets e "Gingerbread" para telefones celulares. No novo sistema, o objetivo do Google é estimular a criação de aplicativos que se adaptem às características de cada gadget, incluindo o tamanho e a resolução da tela.

A empresa anunciou também uma parceria com fabricantes de aparelhos e operadoras de telefonia para garantir que os aparelhos recebam atualizações de sistema operacional mais rapidamente, e sigam sendo atualizados por pelo menos 18 meses após o lançamento - caso o hardware permita.

Atualmente, uma das falhas críticas do Android é a fragmentação do ecossistema em diversas versões do sistema operacional e a ausência de garantia para os consumidores de que seus celulares vão receber os upgrades lançados pelo Google. As principais fabricantes, como Motorola, LG, HTC e Samsung, fazem parte da nova parceria.

Música, ainda em beta

O Google anunciou ainda o "Music Beta", seu serviço de armazenamento de música que permitirá aos usuários guardar e acessar canções em qualquer lugar, similar ao apresentado pela Amazon.com em março.

'Music Beta', do Google, chega com catálogo de 20 mil músicas (Foto: Divulgação)

  E como o Amazon Cloud Drive, o serviço de música do Google está sendo introduzido nesta terça-feira sem qualquer acordo prévio de licenciamento com as grandes gravadoras, depois de meses de negociações sem sucesso.

O Google vem trabalhando no desenvolvimento do serviço de música para que seu sistema operacional móvel Android possa competir melhor com o iTunes, que é o pilar dos serviços de conteúdo da Apple. Inicialmente, o serviço terá 20 mil músicas e apenas usuários que receberão convites poderão utilizá-lo.

O serviço da Amazon causou furor na indústria da música porque a empresa não tinha chegado a acordos de licenciamento com as grandes gravadoras Universal Music, Sony Music Entertainment, Warner Music e EMI Group.        

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