A Sony Mobile, divisão de celulares da japonesa Sony, informou nesta quinta-feira (23) que pretende cortar cerca de 1 mil postos de trabalho até o fim do ano fiscal 2013, que será encerrado em março de 2014.
Do número total, que representa 15% dos postos de trabalho da unidade, 650 serão na fábrica de celulares em Lund, na Suécia. Os outros cortes serão primeiramente de consultores na Suécia.
A companhia japonesa assumiu a problemática Sony Ericsson, em fevereiro deste ano, por 1,05 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) e a rebatizou como Sony Mobile. Em comunicado, a empresa ressaltou que as novas medidas buscam aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e impulsionar o crescimento rentável da unidade.
Como parte da estratégia, a Sony vai promover mudanças na estrutura global da divisão. Em outubro, a Sony Mobile vai transferir sua sede corporativa e outras operações de Lund para Tóquio, no Japão. As operações na cidade sueca vão se focar no desenvolvimento de softwares e aplicativos.
A reorganização envolverá ainda a redefinição das atividades de pesquisa e desenvolvimento instaladas em Tóquio, Lund e Pequim, na China. Cada uma dessas unidades irá priorizar as principais demandas de suas respectivas regiões. O presidente-executivo da Sony, Kazuo Hirai, está sob pressão para dar uma reviravolta na companhia, que neste mês cortou a previsão de lucro operacional para 2012/2013.
"Estamos acelerando a integração e convergência com o Grupo Sony para continuar reforçando nossas ofertas, e uma estrutura operacional mais focada e eficiente vai ajudar a reduzir os custos da Sony Mobile, aumentar o tempo para a eficiência de mercado e trazer o negócio de volta a um lugar de força", afirmou Kunimasa Suzuki, presidente e executivo-chefe da Sony Mobile.
Reestruturação
As medidas anunciadas nesta quinta-feira (23) seguem o plano de reestruturação do Grupo Sony, divulgado no fim do primeiro trimestre. Depois de registrar um prejuízo recorde de 456,7 bilhões de ienes no ano fiscal encerrado em 31 de março, a companhia decidiu adotar uma visão unificada de suas operações e focar seus negócios nos segmentos de mobilidade, imagens digitais e games.
No primeiro trimestre do ano fiscal em curso, a Sony divulgou uma perda de 24,6 bilhões de ienes. O montante foi 58,7% maior do que o prejuízo reportado um ano antes. Entre abril e junho, a receita da empresa ficou em 1,51 trilhão de ienes, crescimento de 1,4% na mesma base de comparação.
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