Criminosos virtuais vão aumentar ataques a aparelhos móveis em 2011

Criminosos virtuais vão aumentar ataques a aparelhos móveis em 2011

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

Um relatório divulgado nesta semana pela empresa de segurança McAfee, com previsões para este ano, alerta que os dispositivos móveis e as redes sociais estão se tornando atraentes para os criminosos virtuais.

Segundo José Antunes, gerente de engenharia de sistemas da empresa, nos últimos anos houve muitas previsões de ameaças contra os telefones inteligentes, mas, em 2011, quando o uso desses aparelhos deverá crescer bastante na América Latina, “vai ser o ano de essas ameaças se concretizarem”.

– Antes dos smartphones, se o aparelho fosse roubado ou perdido o dono só perdia a agendinha. Agora, com a enorme quantidade de informações que esses aparelhos carregam, corre-se um grande risco de perder dados pessoais.

Antunes explica que outro risco ocorre quando o dono de um iPhone destrava o aparelho (também conhecido como jailbreaking) para que aceite programas piratas, foi uma das primeiras ameaças ocorridas em 2010.

O gerente de engenharia lembra também que graças à grande adoção de smartphones pelas empresas, combinada à frágil infraestrutura e ao lento avanço em direção à criptografia, esse tipo de ataque também deverá ser ampliado.

Antunes diz que, justamente para proteger os usuários de aparelhos de empresas, a McAfee possui o EMM 9.0 (Enterprise Mobility Management), uma proteção para iPhones e aparelhos que rodam o Android (sistema operacional do Google), cujo valor unitário é de R$ 140 (US$ 83,08). Em breve, deverá lançar no Brasil o McAfee Wave Secure, uma proteção para consumidores, ainda sem preço definido. 

Antivírus para smartphones não são eficazes Há quem discorde da eficácia dos antivírus e da preocupação da McAfee com os ataques. Para Eduardo D’Antona, diretor corporativo e de TI da Panda Software do Brasil, não existe uma forma eficaz de combater esses softwares mal-intencionados porque “os sistemas operacionais dos smartphones não seguem uma padronização e estão toda hora mudando”.

– O Windows é o mesmo em qualquer lugar do mundo. Mas no caso dos celulares isso não acontece, cada um tem uma especificação, o que dificulta a criação de antivírus para protegê-los. 

D’Antona acrescenta que o maior perigo desses ataques ocorre quando o smartphone é sincronizado com o computador – é nessa hora que o antivírus do PC tem que impedir que a infecção se alastre pela máquina, roubando dados financeiros ou usando o PC para mandar spams ou para realizar ataques simultâneos.

Exatamente por isso, há algum tempo, a Panda há algum tempo resolveu descontinuar seus programas de proteção para aparelhos móveis, focando a proteção nos próprios computadores e nas portas de entrada, como o USB, que brecam ataques assim que percebem alguma modificação em algum arquivo mal-intencionado que está sendo passado para o PC.

Outro grande alvo dos ataques, neste ano, deverão ser os usuários de redes sociais como o Facebook e o Twitter, por causa da enorme quantidade de informações que circulam a uma velocidade muito rápida por eles.

O uso de URLs encurtadas – principalmente no microblog (por causa da limitação dos 140 caracteres) –, faz com que seja mais fácil para os criminosos virtuais mascarar sistes mal-intencionados. Como são geradas mais de 3.000 URLs por minuto em todo o mundo, muitas delas poderão ser usadas para spams (propaganda indesejada) e aplicação de golpes.

Ao usuário, portanto, só resta prestar bem atenção a quem se conecta na rede e desconfiar até deles.  

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