O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e os senadores José Agripino (DEM-RN) e Demóstenes Torres (DEM-GO) assinaram nesta terça-feira (1º) pedido de expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do partido. O anúncio foi feito por Caiado pelo seu Twitter, pouco antes do início da reunião da Executiva do DEM, que teve início às 16h45 e ainda não havia terminado às 17h45. Agripino reproduziu a nota de Caiado em seu Twitter às 17h36, durante a reunião do partido.
Na reunião, os mais de 40 membros da Executiva Nacional do DEM decidem entre expulsar o governador, abrir um processo para investigá-lo ou mantê-lo no partido. A Executiva pode também analisar uma eventual expulsão do vice-governador do DF, Paulo Octávio, e do presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente.
Ambos são citados no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que investiga denúncias apresentadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que revelou o esquema ao Ministério Público em troca de delação premiada.
Agripino Maia, que é líder do DEM no Senado, disse que há consenso na bancada da legenda na Casa para a abertura de um processo disciplinar contra Arruda. Apesar disso, Agripino disse que mantém sua posição anunciada na segunda-feira (30) em defesa da expulsão do governador.
''Na minha opinião, que não mudou de ontem [segunda] para cá. O governador Arruda, pelas denúncias que já foram colocadas, não tem condições de continuar filiado ao partido'', afirmou, após deixar a reunião da bancada do DEM no Senado.
Nesta terça, o governador Arruda divulgou nota em que diz que apresentará ''provas irrefutáveis de sua inocência e de que foi vítima de um complô urdido por um homem que tem mais de 30 processos por corrupção'' - uma referência ao ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que denunciou o suposto esquema de corrupção no governo.
Também nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, de Portugal, pela primeira vez as denúncias que envolvem Arruda, o vice, Paulo Octávio (DEM), empresários e integrantes do governo (veja vídeo ao lado). Para Lula, as imagens do da distribuição de dinheiro, inclusive ao governador, ''não falam por si'' e não o autorizam ''a fazer juízo de valor'' sobre o caso.
''A imagem não fala por si. O que fala por si é todo o processo de apuração, é todo o processo de investigação. Quando tiver toda a apuração e investigação terminadas, a Polícia Federal vai ter que apresentar o resultado final do processo. Aí você pode fazer juízo de valor e mesmo assim quem vai fazer é a Justiça'', afirmou o presidente.
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