Desistir da tecnologia é como largar drogas, diz estudo

Desistir da tecnologia é como largar drogas, diz estudo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:01

Um estudo feito com estudantes de 12 universidades ao redor do mundo descobriu que os efeitos da não-utilização de mídias são comparáveis às síndromes de privação de drogas. Estes efeitos passaram a ser chamados de "Information Deprivation Disorder", ou Distúrbio de Privação de Informação.

A pesquisa foi liderada pelo ICMPA (International Center for Media and Public Agenda) da Universidade de Maryland, e contou ainda com a participação de pesquisadores da Salzburg Global Seminar, ambas nos Estados Unidos. O experimento foi chamado de "Unplugged" e foi uma continuação de um outro estudo, finalizado no primeiro semestre de 2010, chamado Without Media (Sem Mídia, em inglês), segundo o site da Academia Salzburg na época do lançamento, em outubro do ano passado.

Para participar do estudo, os universitários tiveram que ficar 24 horas sem utilizar nenhum tipo de mídia, ou seja, sem e-mail, Twitter, Facebook ou serviço de mensagens instantâneas. Outras tipos de mídia proibidos foram televisores, tocadores de música, rádios e até jornais. Além de ficar sem utilizar os gadgets, os voluntários tiveram que anotar em um diário o que sentiram e pensaram durante esse período.

De acordo com os pesquisadores, a televisão foi o gadget mais fácil de abandonar, e o celular foi o mais difícil. Segundo os estudantes, ficar sem celular tirou sua noção de tempo e a grande maioria afirmou que seria quase impossível viver sem ele.

Um participante conta que poder se comunicar constantemente com seus amigos lhe dá uma sensação de conforto e que, durante o período em que não pode utilizar as ferramentas tecnológicas de comunicação, ele se sentiu sozinho, mesmo estando em uma universidade com milhares de estudantes, conta o site TG Daily.

O pesquisador Roman Gerodimos contou ao site do jornal Telegraph que foram encontrados não apenas sintomas psicológicos, mas também físicos. A maioria dos participantes experimentou inicialmente alguns sintomas como aqueles relacionados a dietas e abstinência de drogas, para depois criar métodos de contornar o "problema".

Mesmo com todas as redes sociais atuais, como Twitter e Facebook, os pesquisadores afirmam que o que mais fez falta para os participantes do estudo foi a música. Muitos classificaram o silêncio como desconfortável e estranho, mas afirmaram que começaram a prestar mais atenção em outros sons, como o canto de pássaros e o que os vizinhos falam.

Com o avanço dos estudos, os cientistas esperam entender melhor os efeitos das novas tecnologias no homem e desenvolver métodos de lidar com isso.

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