Os bons números registrados nacionalmente também são percebidos no Ceará, principalmente em Fortaleza, que é o décimo mercado de produtos de tecnologia entre as capitais brasileiras e ocupa a terceira posição no Nordeste. Para o consultor Marcelo Barbosa, o movimento se deve a uma mudança cultural. Os bens de tecnologia se tornaram de primeira necessidade. É uma tendência nacional que a população do Estado incorporou, resume.
Ele diz que existem três tipos de consumidores diferentes. O primeiro é o que no comércio é conhecido como Guru, o formador de opinião. Ele compra todas as novidades do mercado sem pensar em preço. Normalmente é aquele tipo de pessoa que não fica seis meses com o mesmo modelo de celular, classifica Sucupira.
Em seguida vem o consumidor pessoa jurídica. Empresas e profissionais liberais que precisam do equipamento para trabalhar. Por último aparecem os consumidores comuns, que pesquisam preços e esperam o lançamento baixar de preço para fazer a compra. Estes comportamentos são percebidos com mais frequência na classe média, disse Sucupira.
Vendas
O mercado é promissor, já que apenas 12% dos lares de Fortaleza possuem um computador de mesa. E isto já começa a mudar, pois 58 mil pessoas pretendem adquirir uma máquina nos próximos trinta dias, segundo a pesquisa FGV/Datafolha. Um destes consumidores é a modista Clécia Silva. Vou casar no fim do ano e entre os itens que estou olhando para a minha nova casa está um computador. Faço pesquisas e vou esperar os preços baixarem ainda mais, afirmou.
O supervisor técnico do Dieese Ceará, Reginaldo Aguiar, diz que percebe a tendência de aumento das vendas de eletrônicos. Vemos o crescimento do comércio em informática e também do número de assinaturas para o acesso à Internet. Hoje, os pobres estão usando notebook, avaliou. Quanto ao comprometimento do orçamento das famílias em tecnologia, Aguiar diz não ter números que quantifiquem estes dados. É uma questão que não está na pauta do Dieese, disse.
O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), em sua última pesquisa, mostra que 37% da população de Fortaleza pretendem consumir algum item tecnológico. O estudo apontou que 12,36% estão em busca de uma televisão, 5,84% querem comprar celular ou computador, 3,94% procuram um aparelho de DVD e 2,32% vão adquirir uma câmera digital, entre outros itens. (Carlos Henrique Coelho)
Fortaleza
778 mil pessoas com interesse em investir em computadores
29 mil compraram nos últimos trinta dias
55 mil compraram no últimos três meses
58 mil pretendem um computador em até 30 dias
R$ 45 bilhões de target (É o que pode ser gasto)
33% da classe c (que é a classe média)
17 mil pretendem comprar LCD
51% compram em lojas de departamento
32% têm cartão de crédito
115 mil quer novo telefone celular
12% têm microcomputador desktop
10º no mercado nacional e o terceiro do Nordeste
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