Gartner: substituição de celulares leva Samsung ao 2.º lugar no Brasil

Gartner: substituição de celulares leva Samsung ao 2.º lugar no Brasil

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:15

Um levantamento sobre o mercado de varejo de celulares no Brasil divulgado neste mês de agosto pela empresa de pesquisas Gartner aponta para uma reconfiguração do ranking dos maiores fornecedores, causada por uma combinação de preço e recursos desejados pelos compradores.

Um exemplo emblemático desse rearranjo do mercado é a Samsung. No segundo trimestre encerrado em junho, a fabricante coreana saltou da terceira para a segunda posição no ranking de vendas no varejo, com 24,2% do mercado – em 2009, o índice era de 17,8%.

Em smartphones, então, a ascensão foi ainda maior. De 1,3% no segundo trimestre de 2009, a Samsung abocanhou 4,2% no mesmo período de 2010, saltando do décimo para o quinto lugar no ranking em um ano.

“A Samsung vem crescendo muito bem no Brasil, por duas grandes razões: a queda da Motorola, que tem ocorrido em escala global, e o foco da Nokia em aparelhos sofisticados (high end)”, explicou Nguyen.

De fato, a Motorola viu sua fatia de mercado no varejo brasileiro cair de 15,5% no segundo trimestre de 2009 para 8,3% no mesmo período em 2010. Em smartphones, contudo, a situação melhora: de 4,4% mercado no segundo trimestre de 2009, a empresa saltou para 8,4% em 2010.

“Eles estão melhores agora”, analisa Nguyen. “A Motorola vendeu muitos smartphones Android no segundo trimestre.” No Brasil, segundo a Gartner, a empresa vendeu 89,5 mil smartphones no segundo trimestre de 2010; no mesmo trimestre de 2009, as vendas foram de 27,9 mil.

Samsung

Para o analista, a Samsung tem se beneficiado de um movimento iniciado pelos usuários de aparelhos mais simples, que buscam trocá-los por outros melhores.

“Muitas pessoas que utilizavam aparelhos básicos (low end) começam a querer aparelhos mais sofisticados, com Wi-Fi e Internet, e a Samsung tem esses modelos para oferecer, a preços melhores”, considera.

O analista destaca que o sucesso da Samsung pode ser ainda maior depois que lançar, no Brasil, aparelhos com o sistema móvel Android, da Google. Isso, segundo ele, deverá ocorrer ainda neste trimestre.

Já a Nokia não ganha mais mercado no País porque já é muito grande, diz Nguyen. “Eles são fortes no Brasil tanto em mercado como em marca”, considera.

A fabricante finlandesa encerrou o segundo trimestre de 2010 com 32,8% do mercado de celulares nas vendas em varejo. Em smartphones, a fatia é ainda maior: 54,4%. Nos dois rankings, ela aparece em primeiro lugar.

Na comparação com 2009, o ganho de mercado em celulares parece pouco: apenas 1,4 ponto porcentual. Mas em números absolutos, de trimestre a trimestre, o crescimento foi de 16%, lembra o analista.

Apple

Quanto à Apple , Nguyen diz que a empresa pode ter chegado ao seu ponto máximo no mercado brasileiro. Isso explicaria a queda da Apple no Brasil – que saiu do primeiro lugar em smartphones no segundo trimestre de 2009, com 17,2% das vendas, para o terceiro lugar em 2010, com 8,5%.

“A Apple só tem aparelhos high end e concorre com fornecedores que têm modelos em todas as categorias. Poucas pessoas podem comprar um iPhone e as que podiam, já o têm”, avalia. “Não vejo mudanças nesse cenário a não ser que os preços dos aparelhos caiam.”

A Sony Ericsson também sofre com forte queda de participação no mercado local. No segundo trimestre de 2010, a empresa ficou em sexto lugar, com 2,6% do mercado. Em 2009, ela havia conquistado a quinta posição, com 6,5%. Em smartphones, a empresa encerrou o segundo trimestre em sétimo lugar, com 0,9% de mercado.

“O Brasil não é seu mercado mais forte”, salienta Nguyen, “ao contrário do México, onde estão bem”. “Eles estarão de volta, mas será difícil. Eles terão algum trabalho (para ganhar mercado).” A razão é a forte competição que enfrenta de empresas asiáticas, especialmente no mercado de aparelhos intermediários (mid tier).

Na opinião do analista, Apple e Sony compartilham de uma mesma característica: ambas não têm a experiência necessária para competir em mercados emergentes. “Não da forma que outros concorrentes têm”, ressalta.

Postado por: Thatiane de Souza

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