Google pede que relação com telefonia móvel seja 'simbiótica'

Google pede que relação com telefonia móvel seja 'simbiótica'

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:27

Eric Schmidt, o presidente-executivo do Google, instou o setor de telefonia móvel a não bloquear as oportunidades oferecida pela web móvel e disse que o Google e as operadoras de telecomunicações poderiam ter uma relação "simbiótica".

O discurso foi uma resposta ao presidente-executivo do Vodafone Group, maior operadora mundial de telefonia móvel, que expressou os temores de muitos profissionais do setor ao declarar que o domínio do Google sobre o espaço da telefonia móvel não deveria ser permitido.

Vittorio Colao, falando antes do discurso do presidente-executivo do Google, disse durante a feira de telefonia móvel Mobile World Congress que em lugar do domínio por uma única empresa, novos modelos de negócios precisavam ser criados para enfrentar a demanda por serviços de dados que as operadoras estão encontrando.

Os comentários dele reforçaram a impressão dominante no evento anual, a de que embora fabricantes de celulares e chips e provedores de serviços estejam florescendo devido ao rápido crescimento dos celulares inteligentes como o iPhone, da Apple, o custo de bancar a melhora na capacidade de rede requerida estava sendo deixado para as operadoras, bem como a tarefa de descobrir como extrair lucros da tendência. 

Falando pela primeira vez no Mobile World Congress, em Barcelona, o maior evento anual do setor de telecomunicações, Schmidt instou as operadoras a aproveitar um momento histórico e a que se colocassem à altura da ocasião ao trabalhar com, e não contra, o Google.

Schmidt disse a uma plateia lotada que confiava em que as operadoras de telefonia móvel fornecessem serviços com sucesso, e que os dois lados precisavam trabalhar juntos.

"É como se fosse magia. Subitamente existem coisas que você pode fazer e nem mesmo imaginava antes... devido a esse ponto de convergência," disse ele à plateia em Barcelona.

"Chegou o momento aqui, agora, para este ano e os anos vindouros", disse a um auditório repleto de executivos de operadoras, de fornecedores de equipamento de telecomunicações, e de observadores do setor, que tendem a encarar o Google com suspeita.

"Existe uma implicação disso que creio não tenha sido expressada, aqui ou no setor mais amplo," disse Schmidt. "É o princípio de que a comunicação móvel vem antes."

O Google causou irritação no setor ao lançar uma plataforma para celulares inteligentes -Android-, pela venda de um celular concebido pela empresa diretamente aos consumidores e pelo anúncio de planos para criar uma rede de banda larga de altíssima velocidade.

As atitudes da empresa também foram vistas como problema por algumas operadoras que estão tendo de investir e atualizar suas redes a fim de atender à imensa demanda por serviços de dados, da parte de usuários que passam cada vez mais tempo na internet móvel e nos sites do Google, o líder de buscas na Internet, e outros.

"Queremos ter um pouquinho do Google nas transações de todo mundo com a internet," disse Schmidt.

Mas ele disse que todos tinham valor a extrair, e que as operadoras deveriam ver como vantagem a ampla elevação no uso dos serviços de dados. Schmidt afirmou que elas recuperariam seus investimentos de muitas maneiras diferentes.

"Encontrem uma forma de dizer sim, em lugar de não: é essa a nossa tese", ele afirmou posteriormente a jornalistas. "Precisamos que elas vão em frente e invistam quantias enormes, sob grande risco, e em troca elas precisam que continuemos a criar razões novas e poderosas para que os clientes comprem celulares novos e atualizem suas conexões." 

A Research in Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, disse estar plenamente ciente da questão de tráfego excessivo de dados, e afirmou que as fabricantes de celulares inteligentes precisam desenvolver produtos que utilizem menos banda, se não querem correr o risco de congestionar as frequências já superlotadas.

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