HTC quer resistir à crise, mas crescem dúvidas sobre estratégia

HTC quer resistir à crise, mas crescem dúvidas sobre estratégia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

HTC Ultimate, smartphone da HTC que é o primeiro

celular no Brasil com o sistema Windows Phone 7

(Foto: Divulgação) A promessa da HTC de apresentar celulares novos e "competitivos" no começo do ano que vem pode não ser estratégica o suficiente para convencer os investidores de que conseguirá redespertar a capacidade de inovação que transformou a obscura fabricante terceirizada na quarta maior produtora mundial de celulares inteligentes.

Os modelos Desire, Sensation e Wildfire, da HTC, perderam terreno diante do iPhone, da Apple , e da linha Galaxy, da Samsung Electronics, o que conduziu a apelos por uma mudança de rumo em um mercado veloz e propenso a viradas.

Em uma primeira resposta à forte pressão que suas ações vêm sofrendo nos mercados --com queda superior a 30% em nove dias de negociações--, o vice-presidente financeiro Winston Yung disse à Reuters nesta segunda-feira (18) que a HTC não será uma segunda Nokia, que perdeu a liderança do mercado quando rivais mais ágeis deixaram para trás sua linha conservadora de produtos.

"Não creio que a situação seja assim tão séria", disse ele, apontando que mesmo as mais conservadoras projeções indicavam que a companhia embarcaria 45 milhões de unidades este ano, ante 25 milhões no ano passado.

"No ano que vem, nosso foco serão os produtos --mais numerosos e mais competitivos. Além dos novos telefones LTE para o mercado norte-americano, teremos novos modelos para o mercado mundial. Lançaremos produtos importantes em todo o mundo, e confiamos neles", disse Yung.

Mas os investidores estão preocupados por a HTC, uma das poucas empresas de Taiwan a ter sua marca conhecida em todo o mundo, não estar mudando de maneira suficientemente radical.

"Seu desenho industrial não mudou em quase dois anos. A menos que lance um modelo realmente diferente, terá dificuldades para vender produtos a preço premium", disse Roxy Wong, analista da Mirae Asset Management, em Hong Kong.

"A HTC tem desvantagem de marca diante de Apple e Samsung . As especificações de seu hardware são melhores que as da Apple, mas não que as da Samsung. E construir uma marca pode ser demorado, o que não deixa muito espaço para melhora de vendas pela HTC, a não ser que ela comece a cortar seus preços", acrescentou.          

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