A ProJet 1200 é o mais novo modelo da 3D Systems a chegar ao Brasil. A impressora 3D de corpo compacto é destinada a fabricantes e designers e joias, além de profissionais de ortodontia. O TechTudo testou o equipamento durante o 11º Seminário de Tecnologia Robtec, realizado na última quarta-feira (20), em São Paulo, e traz a seguir as primeiras impressões. Uma ótima oportunidade para quem quer entender como o processo de impressão 3D acontece.
Design
A ProJet é o que se pode chamar de máquina discreta. Suas dimensões são mínimas para uma impressora 3D de alta precisão, medindo somente 56 cm de altura por 38 cm comptimento. Leve o suficiente para ser disposta sobre uma mesa, ela é pouco maior do que uma máquina de café grande.
Suas linhas curvas são bastante agradáveis, pois deixam de lado qualquer ar industrial que impressoras 3D costumam ter. Todo o trabalho é realizado internamente, longe da visão durante a impressão e secagem da peça fabricada. Um pequeno display diz o tempo exato para o término e o único botão serve somente para ativar a cura da peça, para que ela seque e fique pronta para manuseio.
A alimentação é feita por um cabo comum de energia, ligado à máquina ao lado da entrada USB que faz a canoxão do aparelho com o PC. É no computador, aliás, que o processo inteiro de download e criação de projetos é feito e enviado para impressão. A ProJet 1200 suporta até cinco computadores simultâneos – mas não há fila de impressão inteligente, como em impressoras comuns de papel.
Desempenho
Apesar de pequena, a ProJet 1200 dá conta de trabalhos dignos de equipamentos bem maiores, como a ProJet 3500 comercializada por astronômicos R$ 390 mil. Ela tem 0,3 nanômetros de precisão e consegue fabricar rapidamente peças com 585 DPI de resolução. Em nosso teste, anéis e outros pequenos objetos foram impressos em 1 hora e 30 minutos. A definição dos objetos criados é muito boa.
A impressora trabalha com uma resina líquida especial na cor verde, cujo principal diferencial é a capacidade de ser fundida depois de fabricada. Com isso, ela permite a criação de materiais com alto nível de detalhe, como moldes usados por ortodontistas – vale notar, porém, que o material não é biocompatível, ou seja, não pode ser aplicado diretamente em pacientes.
A máquina opera com um sistema de cartuchos recarregáveis. Cada um carrega em média 30 g de resina, o suficiente para dezenas de impressões de objetos pequenos, como os anéis que vimos sendo produzidos. A troca do cartucho é simples de ser realizada, pois basta retirá-lo de baixo da bandeja, reabastecer e colocá-lo de volta.
O uso também é muito simples, começando pela instalação. Ela é até mais fácil de começar a usar do que a Cube, que é tipicamente doméstica. A ProJet 1200 só requer ligar na tomada fazer alguma leitura básica do manual para começar a operar. Curiosamente, a máquina fica ligada o tempo todo e só consome energia a mais quando começa a operar de fato, algo como um computador em stand by.
Mas, o tamanho também implica em uma área de impressão reduzida. A bandeja mede 4,3 x 2,7 x 18 cm, o suficiente somente para imprimir de quatro a cinco anéis pequenos ao mesmo tempo. Mas, aparentemente, os benefícios são maiores. “É a melhor e mais rápida impressora da mesma faixa preço”, declarou, otimista, a designer paulista Denize Bonotto, que pretende adquirir uma unidade para fazer prototipagem de joias.
O avanço tecnológico está trazendo impressoras 3D cada vez mais baratas e menores, aumentando o nível de precisão e velocidade. Nesse contexto, certamente, a ProJet 1200 é uma grata surpresa, pois tende a agradar os profissionais que desejam automatizar seus mecanismos de prototipagem. O preço também é atraente em certa medida, já que representa só 6% do valor cobrado pelo modelo industrial: R$ 27 mil.
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