"Jogos são arte? ou não", diz criador de Shadow of the Colossus

"Jogos são arte? ou não", diz criador de Shadow of the Colossus

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:51

Um dos mais famosos criadores de jogos da atualidade, Fumito Ueda, responsável pelo trio de ouro da Sony: ICO, Shadow of the Colossus e agora The Last Guardian , falou com o site de notícias Kotaku a respeito da indústria de jogos japonesa e sobre a velha questão se jogos são arte ou não.     Fumito começou comparando a indústria de jogos com a de filmes: “Eu estou preocupado que a indústria japonesa de jogos vá pelo mesmo caminho que a indústria de filmes. O público japonês não assiste mais filmes japoneses. Eu jogo, em maioria, jogos ocidentais”.

O aclamado game designer não tinha ambições no ramo, tendo se formado na verdade na Universidade de Artes de Osaka , uma escola japonesa que orgulhosamente lista Koji Kondo, o genial compositor da Nintendo, como um de seus alunos. “Eu tentei várias carreiras. Descobri que videogames me permitiam combinar meu interesse em arte, expressão visual e gráficos computadorizados”, comentou.

Muitas pessoas consideram que os jogos de Fumito são obras de arte por apelarem mais ao lado emocional do jogador, passar sensações, nem sempre oferecendo uma jogabilidade que seria considerada adequada para um jogo comum, como o fato de Shadow of the Colossus não ter inimigos comuns para que assim o jogador se sinta sozinho e valorize ainda mais seus oponentes gigantes.     Sua formação artística lhe dá uma posição privilegiada para comentar se jogos podem ou não ser considerados arte: “Normalmente há dois tipos de classificação de arte: alta arte e baixa arte”. Explicando que alta arte seria a arte no sentido clássico, enquanto baixa arte englobaria mangás e filmes: “Mas quando você está falando de arte, a palavra arte, as pessoas tendem a pensar que você está falando da primeira definição, que é uma definição estreita. Então se estivermos usando essa definição, eu não acho que videogames são arte”.

Fumito Ueda terminou mencionando que não sente nenhuma pressão para fazer seus jogos, com The Last Guardian já estando em desenvolvimento há três anos. “Na verdade, a única pressão que eu sinto é pelos jogadores que apreciaram meus jogos no passado”, finalizou.    

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